Aproximadamente 20% dos professores uberabenses que integram a rede estadual de ensino aderiram à greve deflagrada esta semana pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE). A informação é da coordenadora regional da entidade, Maria Helena Gabriel. A sindicalista acompanha de perto a mobilização percorrendo todas as escolas estaduais de Uberaba, diariamente.
Para ela, o índice de adesões deve aumentar a partir de segunda-feira (17), com o fortalecimento da paralisação, que atinge todo Estado de Minas Gerais. “Os professores ainda estão inseguros e com certo receio, mas, com o tempo, as adesões vão crescer”, acredita.
Ainda ontem o Sind-UTE realizou a primeira assembleia após a deflagração da greve na sua sede, no bairro Mercês. “Estamos ouvindo a categoria e passando todas as informações do comando de greve”, diz a sindicalista. Amanhã, uma caravana de professores segue para Belo Horizonte a fim de participar da mobilização que acontece na capital mineira.
A categoria reivindica pagamento do Piso Salarial Nacional dos Professores, direito respaldado pela Lei Estadual 21.710/2015 e pela Lei Federal 11.738/2008; quitação do décimo-terceiro salário, que não foi pago integralmente em 2019, e se posiciona contra o desmonte da Educação praticado pelo governo Romeu Zema (Novo). A pauta reivindica ainda o fim de políticas que dificultam o acesso à Educação, como o caos no sistema de pré-matrículas online, plano de atendimento, fusão de turmas, demora na publicação das remoções e designações.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Estado de Educação (SSE) disse que acompanha o movimento e que tem mantido o diálogo com os professores. “A SEE/MG respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação do Estado e reitera que tem mantido diálogo franco e aberto com representantes sindicais”, diz trecho da nota.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba
