Independente de agência agro, BB já atende o setor em Uberaba, diz sindicalista

Agência do Bando do Brasil do bairro Abadia, fechada no processo de reestruturação da instituição (Foto/Arquivo)

Mesmo Uberaba não sendo contemplada com agência agro do Banco do Brasil (BB), vice-presidente do Sindicato dos Bancários e aposentado da instituição financeira, Reginaldo Palhares, esclarece que todas as unidades estão autorizadas a trabalhar com o financiamento do agronegócio, que envolve a produção agrícola, pecuária, armazenamento, securitização e outras atividades para o setor.

No entanto, ele revela que uma dessas agências tem entre suas carteiras de crédito linhas especializadas para negócios de maior vulto do setor e, recentemente, teve rebaixamento interno e diminuição de pessoal.

De acordo com o presidente do Sindicato, Diego Bunazar, há falta de transparência na divulgação das informações por parte do BB e isso traz prejuízos “gigantescos” para Uberaba. “Perdemos duas unidades de varejo, as agências Abadia e Boa Vista. Nosso saldo é muito negativo”, diz o dirigente. Para ele, o BB tira muito com uma mão, ao mesmo tempo oferece pouco com outra, com esse anúncio das agências agro em todo o país. Vale lembrar que, em janeiro, a instituição anunciou uma reestruturação que abrange o fechamento de unidades e um plano de demissão voluntária.

Ele também estranha o fato de a cidade não ser contemplada com a agência agro. “Se Uberaba tem um PIB alto no agronegócio, algo está errado. Ou não estamos entre os maiores do Banco do Brasil ou está avaliando mal essa situação”, diz.

Sindicato espera que atuação no agro não prejudique serviços da Caixa

Por outro lado, o Sindicato dos Bancários de Uberaba aplaude a iniciativa da Caixa Econômica Federal de abrir uma agência Agro em Uberaba. Para a entidade, a atuação da CEF pode complementar o volume de financiamentos que já são feitos pelo Banco do Brasil.

Porém, a ressalva é que a nova estrutura não seja usada para diminuir ou prejudicar nenhum dos bancos públicos. Ou seja, que a CEF Agro não seja motivo para diminuir ou desmontar o que já está sendo feito com competência há mais de um século pelo Banco do Brasil e nem para diminuir os setores em que a CEF já é especialista de financiamento, principalmente a habitação e programas assistenciais.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Diego Bunazar, as novas modalidades de atendimento são bem-vindas. “Mas é preciso fornecer a infraestrutura e pessoal capacitado para o desenvolvimento”. Segundo ele, a realidade dos bancos nas políticas governamentais é de redução de funcionários e o fechamento de agências (como é o caso do Banco do Brasil). Integrantes do governo federal também defendem publicamente a privatização dos bancos públicos.

 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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