Infectologista diz que vacinas da Covid e gripe são necessárias

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Vacinação contra a gripe está prevista para começar no fim do mês de março na rede pública de saúde

Com a proximidade da campanha de vacinação contra a gripe, a médica infectologista Cristina Hueb Barata assegura que não há nenhuma contraindicação em realizar a imunização, após ter sido vacinado contra a Covid-19 – ou vice-versa. “São duas situações totalmente diferentes. E quem tem uma disposição para determinado vírus pode ser mais sucessível ao outro. Por isso, é muito importante ainda que a vacinação para os grupos prioritários seja feita de maneira correta”, recomenda.

Posicionamento foi revelado durante entrevista à Radio JM. De acordo com ela, receber as duas vacinas é até recomendado, pois reforça a imunidade contra os vírus.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe este ano está prevista para iniciar no dia 23 de março com a vacinação de idosos com mais de 60 anos e trabalhadores da área de Saúde. No dia 16 de abril começam a ser vacinados os doentes crônicos, professores e profissionais das forças de segurança e salvamento. Já no dia 9 de maio, as crianças de seis meses a menores de seis anos, pessoas com 55 anos ou mais, grávidas, mães pós-parto, população indígena e pessoas com deficiência.

A previsão da Secretaria Municipal de Saúde é de que as vacinas contra a gripe sejam aplicadas nas salas de vacinas das Unidades Básicas de Saúde do Município, visto que a imunização contra a Covid-19 seguirá ocorrendo em drive-thrus.

Mutações do coronavírus mostram um novo ciclo da Covid, afirma médica  

Segundo Cristina Hueb, o cenário atual da pandemia mostra um “novo ciclo” da Covid-19, o qual não pode ser considerada uma “segunda onda”, devido ao comportamento das pessoas em relação às novas mutações do vírus. Conforme a médica, entre os contaminados há alterações quanto à faixa etária e na porcentagem de pacientes com necessidade de internação e no prolongamento desta nas Unidades de Terapia Intensiva.

Sobre as variantes, ela diz que o surgimento é natural. “Quanto mais o vírus circular e permanecer entre nós, maior será a chance de ocorrer mutação”, coloca. Porém, a preocupação dessas mutações é quanto à sua disseminação e, também, em relação à sua forma de transmissão, que se mostra cada vez mais potente. Porém, ela diz que os estudos ainda são “incipientes”, ou seja, “não há nada fechado do que vai acontecer ou o que pode causar”, completa a médica. Cristina Hueb explica, ainda, que estas variantes querem “enganar” o sistema imunológico e, desta forma, o organismo não vai identificá-las como agentes agressores, visto que há uma certa imunidade e acaba ocorrendo a contaminação. 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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