“Nós jamais vamos defender quem está fora da lei”, diz presidente da CDL sobre funcionamento do comércio

O decreto publicado na sexta-feira (16) garantiu a flexibilização do comércio e de setores fechados durante a onda roxa, como bares e restaurantes. A ampliação dos horários e quadros de funcionamento das lojas se torna, mais uma vez, ponto de preocupação para a fiscalização municipal.

Contudo, de acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberaba (CDL), Ângelo Crema, o setor está preparado para agir de forma rígida e de acordo com todas as normativas do decreto nº 481.

“A CDL sempre se posiciona no sentido de orientar, fazer o resumo do decreto, enviar para o comércio as resoluções. Já aconteceu, por exemplo, de algum associado ligar para a CDL pedindo ajuda por ter que responder ao descumprimento do decreto. Nós nunca faremos isso. A CDL, ACIU, e até o Sinhores, jamais vão defender quem está fora da lei”, declara Ângelo.

Para ele, seguir o decreto é a garantia de bons frutos, pois o mês de maio promete ser um ponto de virada para a baixa de vendas em 2021.

“As lojas que estavam fechadas abriram com controle de entrada na porta, medindo temperatura, jogando álcool em gel… Tudo isso precisa ser mantido, porque em maio vem um período importante: o dia das mães. As lojas precisam ajudar, precisam contribuir, para que tenhamos um período bom de vendas logo em maio, já que este período que passamos é de baixas”, justifica o presidente da CDL.

Além disso, os estabelecimentos têm autonomia para definirem suas próprias jornadas de trabalho dentro do horário disponível. A sugestão da Câmara é traçar medidas efetivas para diminuir a circulação dos funcionários no transporte público.

“Muitas lojas já estão abrindo por sua própria conta às 9h, e algumas até mais cedo. O que estamos solicitando é que evitem aglomerações, principalmente dentro dos ônibus. Pedimos também para os empresários serem mais flexíveis com os atrasos dos funcionários. Cada um vai montar seu horário. O setor de comércio geral deve fechar às 18h, 19h, no máximo. Já o de alimentação até às 20h”, prevê Ângelo.