Peixes aparecem mortos no Piscinão; PMU nega má-gestão

Foto/Reprodução Facebook

Ambientalista Celso Provenzano foi às redes sociais denunciar descaso com a manutenção de lagoas do Piscinão
Ambientalista Celso Provenzano usou as redes sociais para denunciar descaso com a manutenção das lagoas do piscinão do Parque das Acácias. A publicação foi feita na quinta-feira, dia 21. Segundo ele, o esgoto é lançado diariamente na lagoa e isso tem contribuído para a mortandade das espécies que lá vivem.
“Centenas de peixes aparecem mortos e continuam a morrer na lagoa do piscinão. Os poucos funcionários que lá existem receberam ordem de esconder os peixes mortos. O cheiro da lagoa é puro esgoto, as capivaras que lá existem estão consumindo esgoto in natura e quem vai pagar por isto?”, questiona o ambientalista, que registrou o apontamento no Ministério Público.
Os reservatórios do Parque das Acácias foram criados para reter o volume de águas pluviais, visando inibir as enchentes na área central da cidade. Questionada sobre o apontamento do ambientalista, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Uberaba encaminhou nota afirmando que, por conta do período de seca, o reabastecimento das represas do parque fica reduzido e que, como consequência, há uma perda na qualidade da água em decorrência de uma ação humana, resultando no aparecimento de peixes mortos.
“A Secretaria Municipal do Meio Ambiente monitora regularmente a fauna e flora do Parque das Acácias, dispondo de um biólogo como Responsável Técnico. A perda do volume e da qualidade da água, bem como, a mortandade de peixes não se deve à má gestão, mas sim aos efeitos de uma estação típica de nossa região e quem vem ganhando contornos mais sérios a cada ano”, explica. A nota ainda diz que muitas denúncias já foram realizadas junto ao Ministério Público e que todas foram respondidas.
Confira a nota na íntegra:

Em resposta ao comentário do Sr. Celso Provenzano, a Prefeitura Municipal de Uberaba vem a público esclarecer que:
1. O período de seca reduz significativamente o reabastecimento das represas do Parque das Acácias – Piscinão, com isso, leva à perda de Oxigênio Dissolvido – OD e aumento da Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO.
2. Tal fato, associado ao volume de peixes atualmente presentes nas represas e ao hábito adquirido pela população frequentadora do Parque das Acácias, em alimentar os peixes com destaque para pães e rações, leva à perda da qualidade da água.
3. É ainda importante ressaltar que o papel primordial dos reservatórios do Parque das Acácias é o de reter – reservatório de retenção – o volume de águas pluviais com escoamento superficial, o que torna suas águas contaminadas – fato de notório saber. Além disso, o escoamento superficial arrasta todo tipo de substâncias presentes nas vias públicas.
4. Algumas pessoas questionam se há possibilidades em abastecer as represas com caminhões pipa. Em tese, tal prática seria possível, porém, INVIÁVEL! Basicamente pelas seguintes razões:

a. O volume necessário;
b. O custo operacional; e
c. O risco de movimentar patógenos.

5. Como consequências do que foi anteriormente descrito, ocorrerá a mortandade de peixes, que infelizmente deverá ser comum nos próximos meses, tanto no Parque das Acácias quanto na Mata do Ipê.

A perda do volume e da qualidade da água, bem como, a mortandade de peixes não se deve à má gestão, mas sim aos efeitos de uma estação típica de nossa região e quem vem ganhando contornos mais sérios a cada ano.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente monitora regularmente a fauna e flora do Parque das Acácias, dispondo de um biólogo como Responsável Técnico. A perda e/ou redução de hábitat tem levado grupos de capivaras a viverem em centros urbanos; estando as águas poluídas e/ou contaminadas, ou não. Um bom exemplo são as populações de capivaras do Rio Tietê na Grande São Paulo.
Finalmente, ressaltamos que já ocorreram denúncias junto ao Ministério Público de Minas Gerais, as quais TODAS foram devidamente respondidas e esclarecidas.
A Fundação Municipal de Esportes e Lazer, Gestora do Parque das Acácias, bem como, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, estão à disposição da Comunidade para maiores esclarecimentos.

Postado originalmente por: JM Online

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