Por falta de cuidadores, Asilo Santo Antônio é interditado

A Vigilância Sanitária interditou parcialmente o Asilo Santo Antônio até que a entidade faça a contratação de novos residentes para o seu quadro de funcionários. A direção da entidade tem 30 dias para apresentar um plano de trabalho corretivo, indicando o tempo e ação detalhada para a correção. Esse material deverá ser apresentado ao Departamento de Vigilância Sanitária da Prefeitura de Uberaba. Atualmente, o asilo conta com 62 internos e, até que as medidas de correção sejam adotadas, não poderá receber mais nenhum idoso no local. 

De acordo com a presidente da entidade, Edna Idaló, a Vigilância esteve no local a convite da própria direção do asilo, que solicitou orientações para sanar algumas situações na casa. Foi apresentada uma lista com algumas recomendações, que, segundo Edna, serão realizadas, pois trata-se de medidas relativamente simples. Mas, a Vigilância Sanitária alegou que o número de cuidadores para o período noturno seria insuficiente, sendo necessária a contratação de pelo menos mais seis profissionais para o turno.

Segundo Edna, outra proposta foi apresentada, mas não aceita. Seria a contratação mais dois cuidadores para um período de 44 horas semanais, com entrada às 22h e encerramento do turno às 6h. Edna diz que conta hoje com quatro cuidadores diários. “Essa contratação de mais seis funcionários fica muito onerosa para a entidade. Estamos em fim de ano, temos que pagar o 13º salário a nossos funcionários. Temos hoje uma despesa mensal na casa dos R$100 mil. A contratação desses funcionários oneraria e muito nossa folha, especialmente por conta dos encargos”, desabafou. 

A presidente do Asilo Santo Antônio disse ainda que já recorreu a instituições públicas e ao Ministério Público na tentativa de, pelo menos, estender o prazo de 30 para 90 dias para que as correções sejam feitas. Ela teme o risco da interdição total da casa. “O número de funcionários que temos hoje atende bem aos nossos internos. Eles são muito bem tratados, não há nenhuma reclamação quanto ao tratamento aos nossos internos”, frisou Edna Idaló.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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