Preços dos combustíveis voltam a subir em Uberaba

Foto/Leitor JM

Em um dos postos de Uberaba, o valor do litro de etanol custa R$ 2,79, mas, de acordo com o app Preço Bomba, o valor mais alto é cobrado no Posto Makro: R$ 3,59 

Quem aproveitou os dias de combustíveis mais em conta, aproveitou. Quem não, agora já não pode aproveitar mais. Os preços dos combustíveis nos postos de Uberaba foram reajustados nesta tarde e os valores subiram consideravelmente. Quando o preço da gasolina subiu nas refinarias, o Jornal da Manhã alertou sobre o repasse desse aumento aos consumidores.

Há pouco tempo atrás alguns postos comercializavam o etanol abaixo de R$ 2 por litro. Agora já tem posto cobrando quase R$ 3 por litro. Alair Rocha Júnior está no mercado há 12 anos e acredita que o mercado melhore. De acordo com ele a pauta relacionada ao etanol deve mudar em junho. “Com a pandemia, veio baixa circulação de veículos, ficamos com os mesmos gastos e lucro quase zero, agora estamos na esperança de recuperação do mercado”, destaca. 

André Martins, também empresário do setor, acredita em uma recuperação gradual. “Acreditamos em uma recuperação de 5% bem gradual nos próximos meses. À medida que as pessoas vão aumentando a confiança em voltar às suas rotinas, o setor também vai evoluindo”, analisa.

Os preços praticados em Uberaba para o etanol estão variando de R$ 2,10 a R$ 2,79; já para gasolina de R$ 4,11 a R$ 4,30.

 

Diante das altas, o aplicativo Preço Bomba poderia ser um grande aliado do motorista, mas muitos questionam a eficácia da plataforma, que dispõe muitos preços desatualizados. A reportagem acionou o Procon Uberaba, que é um dos responsáveis pela atualização de preços, para checar a frequência de atualização de preços e sobre a possibilidade de mudança na forma como o aplicativo é atualizado, uma vez que essa é uma crítica recorrente dos motoristas em Uberaba. Contudo, ainda não obtivemos resposta. O espaço segue aberto à manifestação.

Além disso, leitores do Jornal da Manhã estão revoltados com a quantidade de informações que são obrigados a prestar para se cadastrar no aplicativo. “Só faltou querer saber sua opção Sexual, sua religião. Absurdo. É uma invasão de privacidade”, manifesta. “Se a intenção é ajudar o consumidor a pesquisar o preço, basta disponibilizar o aplicativo e pronto”, acrescenta.

O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Informática de Uberaba (Codiub), jornalista Dênis Silva, discorda. Ele explica que “é importante ter os dados, visto que o sistema está migrando para uma possibilidade de até mesmo o consumidor, num segundo momento, previamente cadastrado, poder alimentar o sistema.” 

Também esclarece que os dados são sigilosos, sendo armazenados de forma segura em base de dados. Segundo ele, dos 12 mil downloads do aplicativo, apenas uma ou duas pessoas entraram em contato para questionar a exigência dos dados, sendo respondidas. 

Silva ainda pontua que, a partir de agosto, o CPF não poderá ser mais exigido, conforme Lei Geral de Proteção de Dados. “Lembrando que a Codiub é governo e tem responsabilidade quanto a proteção de dados das pessoas, mas isso deve alterar a partir de agosto, por conta dessa lei. No princípio, era o que foi colocado na migração do sistema numa segunda fase”, aponta.


 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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