Sinduscon revela encolhimento do setor da construção civil após início da pandemia

Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Uberaba (Sinduscon), Luciano Veludo confirma a retração do setor em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em Minas Gerais, estima-se que apenas 53% das empresas vêm conseguindo cumprir o cronograma das obras – entre públicas e privadas – que já estavam em andamento antes da Covid-19. Em contrapartida, cerca de 47% foram obrigadas a paralisar, “Até por outros problemas”, diz.

Em Uberaba, esta proporção diminui, segundo o dirigente, devido ao número de obras. De acordo com ele, para seguir as medidas de segurança e para conter a transmissão do novo coronavírus, muitas empresas utilizaram o sistema home office para os trabalhadores da área administrativa. Porém, a redução da jornada ou suspensão do contrato, dispositivos da Medida Provisória nº 936, também está sendo utilizada com os trabalhadores para minimizar os impactos decorrentes da pandemia. O dirigente diz ainda que se a situação não melhorar, a projeção é que haja grande volume de demissões a partir de junho. “Acredito que esta situação permaneça até maio. Nossa esperança é essa. Não podemos passar de junho. Não sabemos até quando as empresas podem aguentar, pois a demanda de vendas caiu muito”, diz.

O presidente do Sinduscon nega falta de insumos, mas diz que está ocorrendo dificuldade nas negociações para a compra. Segundo ele, a exigência do pagamento à vista está prejudicando o setor. “O setor produtivo está exigindo o pagamento antecipado, o que é um fator complicador”, informa. Em relação às obras públicas, dentro do Plano 200, anunciado pela Prefeitura de Uberaba, Luciano Veludo revela que as obras estão em andamento, porém em um ritmo menor, tendo em vista que muitas empresas reduziram o quadro de funcionários.
 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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