Sinpro classifica como retrocesso decreto que recria a escola especial

Diretor do Sinpro-MG (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais) em Uberaba, Marcos Gennari Mariano, aponta como retrocesso o decreto federal (nº 10.502) que muda a atual política de inclusão educacional e recria a escola especial. Segundo ele, a nova a proposta cria segregação no atendimento educacional especializado ao estabelecer espaços isolados para estudantes com deficiência.

Além disso, a medida fere a Lei Brasileira de Inclusão e a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa Deficiente, assinada por 160 países, em 2007, incluindo o Brasil.

Para o dirigente sindical, a nova política abre margem para que as escolas regulares – que vinham atendendo há mais de duas décadas os alunos portadores de deficiência – se eximam de adotar medidas para a inclusão desses alunos, “lavando as mãos” e os “empurrando” para as escolas especiais.

Marcos Gennari diz que a verdadeira inclusão é aquela em que o aluno com deficiência tem a oportunidade de conviver, de se expressar e de aprender num estabelecimento de ensino que inclua todos, sem discriminação. “De mãos dadas, com muito diálogo. Ativistas, entidades e pessoas com deficiência vão resistir a mais esse retrocesso”, lamenta. 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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