Sinpro-MG promove arrecadação solidária em prol dos profissionais do “José Ferreira”

Jairo Chagas

Situação dos profissionais desligados do colégio virou verdadeira queda de braço entre o Sinpro-MG e a Rede Cnec, mantenedora do "José Ferreira"

Com professores do Colégio Dr. José Ferreira demitidos e ainda sem receber integralmente os acertos, Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) lança ação solidária para ajudar os profissionais. A campanha visa arrecadar gêneros alimentícios, produtos de limpeza e de higiene pessoal para serem montadas cestas básicas para serem distribuída a estas pessoas.

De acordo com o diretor sindical, Marcos Gennari, mais de setenta profissionais demitidos ainda não receberam os acertos rescisórios e sofrem com o desemprego. Segundo ele, os professores estão passando por dificuldades de toda ordem por terem sido demitidos sem justa causa e sem justificativa, uma vez que o número de alunos não diminuiu e não houve redução das mensalidades escolares, além das aulas continuarem sendo ministradas de forma remota.

Os produtos podem ser doados até o dia 12 de junho, na sede do Sinpro-MG, localizada na rua Alfen Paixão, 105, Bairro Mercês. Quem quiser colaborar também pode encaminhar e-mail para [email protected] ou enviar uma mensagem pelo WhatsApp para o número 34-99996-5984 para agendar horário para que a entidade busque a doação em casa.  

Em nota, a Rede Cnec (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade) afirma que respeita e considera legítima a campanha, mas nega que não tenha feito as rescisões com os professores. Segundo o texto, 80% os profissionais desligados em abril assinaram o termo rescisório e receberam os encaminhamentos para receberem o seguro desemprego e o FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço). Deste total, 83.825 receberam em maio a primeira parcela do acordo. Outros 11,76% assinaram a documentação e não aceitaram o acordo e outros 8,24% não quiseram assinar o termo rescisórios, orientados por advogados.

Para o Sinpro, a nota do Cnec é uma “confissão” de fraude visto que os trabalhadores assinaram as rescisões sem receber nenhum valor na esperança de ter direito ao seguro desemprego. “O trabalhador, com toda a fragilidade do desemprego, aceita”, diz o diretor. Nesta quinta-feira (4), o Sinpro-MG irá denunciar a situação ao Ministério Público do Trabalho. 

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Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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