A dificuldade financeira enfrentada por advogados devido à pandemia é uma preocupação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Uberaba. Muitos escritórios estão sendo fechados na cidade por contenção de despesas.
O presidente da 14ª Subseção, Eduardo Azank, diz que a suspensão da contagem dos prazos dos processos físicos foi prorrogada até o dia 15 de julho e, consequentemente, o advogado está sem rendimento. A situação leva a problemas financeiros. “E a OAB está preocupada com isto. Há uma pressão da entidade, em nível estadual, para que seja retomada a contagem dos prazos dos processos físicos, mas dependemos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais”, explica o dirigente classista.
Já o vice-presidente da CAA-MG, Vicente Flávio Macedo Ribeiro, revela que o fechamento de escritórios de advocacia ocorre em todo o Estado. Segundo ele, Minas Gerais conta com 120 mil advogados e, somente em Uberaba, são aproximadamente 3,5 mil. Conforme avalia, é natural que haja profissionais passando por dificuldades e, em meio à pandemia, há também aqueles que tentam cortar gastos e se readequar à nova realidade. “E o fechamento dos escritórios de advocacia não significa que houve interrupção da atividade”, diz. Segundo ele, a maior parte dos advogados está optando por estúdio ou trabalhando em home office, realizando videoconferências por meio de aplicativos gratuitos e, quando precisam atender clientes, utilizam salas da OAB ou espaço de coworking. “Essa é uma tendência que chega com a pandemia, que promove uma economia de custos e até de mobilidade”, explica.
E para aqueles que passam por estado de vulnerabilidade, Vicente Flávio diz que há um trabalho de assistência, realizado pela CAA-MG, que já distribuiu quatro mil cestas básicas por meio de um cartão com crédito para consumo.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba
