Boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Uberaba na noite de ontem trouxe total de 366 vidas perdidas para a Covid-19 desde o início da pandemia. Além dessas, mais três mortes foram registradas na cidade de ontem para hoje, segundo informou o jornalista Wellington Cardoso na coluna Falando Sério do Jornal da Manhã. Os números evidenciam a aceleração a passos largos da pandemia em 2021, com 129 mortes em 64 dias.
Até o último dia de 2020, Uberaba tinha 240 óbitos confirmados pela Covid-19. O primeiro foi registrado no dia 10 de abril. Paulo Sérgio Facure, de 74 anos, lutava bravamente contra o desconhecido SARS-CoV-2 após retornar de viagem feita aos Estados Unidos. Era a primeira das quatro mortes registradas em abril.
Durante o ano, o mês mais mortal da pandemia em Uberaba foi outubro, com a triste marca de 63 óbitos em 31 dias, ou seja, média de 2,03 por dia, média muito próxima à que temos do dia primeiro de janeiro até esta sexta-feira, 5 de março, de 2,02. Neste ano, fica na conta de fevereiro a maior quantidade de mortes, com 78 (média de 2,78 mortes por dia).
Os números assustam: a média de mortes cresceu 121,9% de 2020 para 2021, considerando 265 dias do ano passado e 64 deste ano – e vale lembrar que o dia poderá fechar com mais óbitos, uma vez que o boletim epidemiológico é divulgado pela Prefeitura de Uberaba somente à noite. Se continuarmos com a mesma média de mortes registradas nesses 64 dias do ano, até o dia 10 de abril de 2021 poderemos ter mais 72 mortes, chegando a 441 óbitos no primeiro ano de pandemia na cidade.
Por isso, o apoio da população é fundamental. A reversão deste cenário está nas mãos de todos nós. Novas diretrizes anunciadas pela Prefeitura ainda na noite de quinta-feira abrem mais leitos em Uberaba de imediato, com mais 29 leitos no Mario Palmério Hospital Universitário e 38 no Hospital Regional, sendo 20 de UTI até as próximas semanas. Apesar de a medida adotada pelo Município afastar a cidade da onda roxa mineira, de nada valerão os esforços sem que cada um faça a própria parte. “Mas é claro que isso não vai bastar se os cidadãos não entenderem que é preciso usar máscara, álcool em gel, manter distanciamento e não aglomerar em hipótese nenhuma. Nada do que fizermos vai melhorar este cenário, se a população não fizer a sua parte”, analisou o secretário de Saúde, Sétimo Bóscolo.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba
