Uberaba inicia vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades, pessoas com Síndrome de Down e pacientes renais em diálise

A partir desta segunda-feira (10), iniciará a vacinação de 1ª dose em pessoas com Síndrome de Down, acima de 18 anos; pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise), acima de 18 anos; gestantes e puérperas (45 dias após o parto) com comorbidades, acima de 18 anos. A vacinação desse público se dará mediante apresentação de documentação comprobatória da condição da pessoa e acontecerá nos pontos de vacinação da Funel, no Abadia, Cemea Boa Vista e Shopping Uberaba, das 8h30 às 16h.

Já na quarta-feira (12), terá início a vacinação de pessoas com comorbidades, de 58 a 59 anos, e pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 58 a 59 anos.

Esse grupo que será contemplado, prioritariamente, foi definido pelo Ministério da Saúde, que levou em consideração o risco de complicações pela Covid-19 que a condição da pessoa pode acarretar.

Nessa nova fase da vacinação, as pessoas que se enquadram nos quesitos citados acima poderão comparecer ao posto de vacinação ao longo da semana com o documento comprobatório de que ela se enquadra nessas condições.

Documentação
Além de um documento de identificação com foto, CPF e comprovante de residência no nome da pessoa a ser vacinada, cada grupo será contemplado mediante apresentação de documentação comprobatória de acordo com as seguintes indicações a seguir, ou um documento padrão único criado pelo Governo Municipal, que estará disponível, ainda na semana que vem, no site da Prefeitura, para que a pessoa imprima, leve até o médico para ser preenchido, indicando qual condição se enquadra e depois deverá ser assinado e carimbado. O documento original deverá ser entregue no momento da vacinação.

A orientação para comprovação do grupo de pessoas com comorbidades inclui: para indivíduos que fazem acompanhamento pelo SUS, poderá ser utilizado o cadastro já existente da sua unidade de referência, como comprovante que esse faz acompanhamento da referida condição de saúde, a exemplo dos programas de acompanhamento de diabéticos.

Aqueles que não tiverem cadastrado na Atenção Básica deverão apresentar um comprovante que demonstre pertencer a um dos segmentos contemplados no grupo de comorbidades, atendendo às definições do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, podendo ser utilizado laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, CPF ou CNS do usuário, assinado e carimbado, em versão original. O documento original deverá ser entregue no ato da vacinação.

No caso de gestantes e puérperas com comorbidades, que se enquadram na fase 1, deverão apresentar para vacinação prioritária, a comprovação da condição de risco, conforme recomendações de comprovação do grupo de comorbidades citado acima. Também deixando o documento original no ato da vacinação. Reforçamos que as puérperas serão contempladas desde o parto até 45 dias pós parto.

Já a orientação para comprovação do grupo de pessoas com deficiência permanente, deverá ser comprovada por meio de qualquer documento comprobatório, desde que em atendimento ao conceito de deficiência permanente adotado pelo PNO, que segue:

Laudo Médico que indique a deficiência, cartões de gratuidade no transporte público que indique condição de deficiência, documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência, documento oficial de identidade com a indicação da deficiência ou qualquer outro documento que indique se tratar de pessoa com deficiência. Lembrando que a pessoa portadora de deficiência somente poderá vacinar nesta fase se receber o BPC.

Dentre as condições e comorbidades que serão priorizadas na vacinação contra a Covid-19 encontra-se:

– Diabetes mellitus

– Pneumopatias crônicas graves (DPOC, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática)

– Hipertensão Arterial Resistente (HAR) (PA acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos ou PA controlada em uso de quatro ou mais anti-hipertensivos)

– Hipertensão arterial estágio 3 PAS ≥180 e/ou PAD ≥110 independente da lesão em órgão-alvo ou comorbidade.

– Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade (PAS entre 140 e 179 e/ou PAD entre 90 e 109 na presença de órgão-alvo e/ou comorbidade)

– Insuficiência cardíaca IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association

– Cor pulmonale, Hipertensão pulmonar Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.

– Cardiopatia hipertensiva hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo

– Síndromes coronarianas crônicas, Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-Infarto Agudo do Miocárdio, outras

– Lesão valvar com repercussão hemodinâmica ou sintomática, ou comprometimento do miocárdio, (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)

– Miocardiopatias e Pericardiopatias: Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática

– Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.

– Arritmias cardíacas: Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)

– Cardiopatias congênitas no adulto: Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.

– Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados: Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardiodesfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).

– Doença cerebrovascular: Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.

– Doença renal crônica: Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.

– Imunossuprimidos Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV e CD4 < 350 células/mm3, doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.

– Obesidade mórbida IMC ≥ 40

– Síndrome de Down

– Cirrose hepática (Child Pugh A, B ou C)

– Anemia falciforme

– Gestante com comorbidade

– Gestante

– Puérpera

– Deficiência física permanente (limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas / Indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo / Indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de enxergar mesmo com uso de óculos / Indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais, como trabalhar, ir à escola, brincar, etc.). 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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