Votação da revisão da planta de valores mobiliza corretores

Os rumores de que o projeto de revisão da planta genérica de valores seja, em breve, colocado na pauta de votação da Câmara Municipal mobilizaram corretores de imóveis de Uberaba. A categoria está indignada com os impactos que a aprovação da proposta, como foi apresentada, terá sobre o cálculo do IPTU. Corretores se reuniram com o vereador Agnaldo Silva (SD) na sede do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-MG) para conhecer as emendas a serem apresentadas à Câmara.
Segundo o delegado do Creci-MG em Uberaba, entidade que congrega 800 corretores em todo o Triângulo Sul, Leandro Santos de Souza, as distorções da planta genérica de valores começaram a ocorrer ainda no governo de Anderson Adauto. “Em um ano ele aumentou todas as alíquotas do IPTU e no outro ele fez a reavaliação da planta genérica de valores. Nesse momento, houve esses dois aumentos, sendo um de alíquota e outro da planta. Agora, a planta foi toda atualizada, mas há um agravante, as alíquotas do IPTU estão muito altas, o que vai gerar um grande impacto no valor do imposto para a população. É preciso reavaliar as alíquotas para cobrança do IPTU, porque da forma como está não haverá justiça para os uberabenses”, afirma.
Leandro de Souza alerta que a aprovação da planta genérica de valores neste momento pode fazer com que o IPTU cresça cerca de 500% em alguns pontos da cidade. De acordo com o delegado, pode haver diferenças de valores nos impostos a serem cobrados de cidadãos que possuam imóveis em um mesmo edifício. “Já que o governo municipal quer fazer essas mudanças, creio que é necessário estudar a questão e elaborar uma proposta de forma racional e não a toque de caixa. A população e todo o mercado imobiliário, que trabalha e vive deste negócio, estão indignados com o que o governo está fazendo e por não participarem da discussão. Acreditamos que isso é um desrespeito aos corretores de Uberaba”, declara. Se aprovado, o reajuste já poderá ser aplicado no IPTU a partir de 2019. Mesmo o projeto não estando na pauta oficial, os corretores planejam a possibilidade de fechar as portas das imobiliárias da cidade para comparecer à reunião da Câmara marcada para hoje.
Para o delegado do Creci-MG, o vereador Agnaldo Silva apresentou algumas emendas ao projeto enviado pelo Executivo à Câmara, no ano passado, mas ainda é preciso cautela, pois o país ainda está vivendo um momento de crise econômica que exige cuidados para evitar prejuízos à tendência de recuperação esperada para 2018. Leandro de Souza ressalta que não é justo a população continuar a pagar a conta sozinha, quando o governo não enxuga os gastos na administração pública.

Postado originalmente por: JM Online

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