BLOG DO GU FREITAS – Cruzeiro: Segura o “macaquinho”, Adílson

Que o ano seria de dificuldades, todo cruzeirense sabia, mas nem todo torcedor esperava uma involução tão grande jogo após jogo.

Para começar esse texto, vou recordar de uma entrevista que fiz uns anos atrás em um programa de rádio que participava da 94 Live de Divinópolis. O ‘Toca Uma Pra Mim’.

O assunto era resolução de problemas. O entrevistado estava falando de como resolvê-los e que muitas pessoas jogam os problemas no colo dos outros. “O “macaquinho” é meu, mas quem vai cuidar é o outro, porque sempre esquivarei de minhas responsabilidades.”

Transferência de responsabilidade é a pauta do momento no Cruzeiro. O técnico Adílson Batista após classificação nos penais contra o Boa Esporte, disse que é preciso entender o processo.

O treinador relatou que ele não sabia com quais jogadores contar, que a média de idade é baixa, que as viagens são longas demais e reclamou que a Federação Mineira de Futebol não está tendo boa vontade com o clube.

Jogou o “macaquinho” para todos e não o segurou nem por um segundo. A culpa é da imprensa, do deslocamento, da idade, minha e talvez de você que esteja lendo este texto.

Hora nenhuma ele explicou a coincidência de o Cruzeiro tomar gol em quase todos os jogos após o lateral João Lucas estrear. Não explicou a ineficiência da criação e nem como alterar o esquema para tentar resolver o problema.

Também não explicou o porquê do meio-campo celeste estar tão vulnerável e deixando a zaga exposta. Não explicou o porque de Moreno atuar mais como volante do que como atacante.

Segura o “macaquinho”Adílson

Talvez nem tudo seja culpa das situações apontadas, mas posso certamente afirmar que o trabalho nos treinamentos também tem culpa no processo. Fazer a auto-crítica é difícil, mas muito necessária.

Assumir responsabilidades de comando é o primeiro passo para a evolução, mas isso também não a receita do sucesso. Aprender a dar chances a quem merece e não dar a quem demonstra incessantemente que não tem condições, também é importante no processo. 

Rafael Santos, lateral esquerdo da base não está pronto, mas João Lucas que tecnicamente foi o pior lateral do brasileiro pelo Ceará está, mas parar de teimosia também faz parte do processo. 

Nem tão moleques assim

Uma comparação entre médias de idade do Cruzeiro e dos times enfrentados mostra que não é bem assim.

As médias de idade de cada elenco (fonte: Transfermarkt):

Cruzeiro: 25,5 anos

São Raimundo: 27,3 anos

Patrocinense: 27,8 anos

Tombense: 24,7 anos

Uberlândia: 30,7 anos

Boa Esporte: 25,8 anos

Como podemos analisar, o time celeste, tem time mais jovem que o do São Raimundo, do Patrocinense, do Boa e do Uberlândia. Mas tem um elenco mais velho que o do Tombense, justamente o time que nos derrotou.

Outro pensamento: um time com média de idade superior a 25 anos pode ser considerado “time de garotos”?

Tirem suas próprias conclusões.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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