BLOG DO GU FREITAS – Guarani: tapa na cara de uma cidade que não aprendeu a torcer

Está em curso mais uma edição do Módulo II do campeonato mineiro, e o Guarani segue na luta por mais um acesso em sua história e busca voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

Time de tradição e de vários jogadores talentosos, que contribuíram para carregar o nome da cidade além do rio Itapecerica, mas mesmo com uma história de 89 anos, parece-me que Divinópolis ainda não aprendeu o que é torcer para o Bugre.

O Guarani mesmo com essa tradição e camisa pesada, é um time pequeno e cheio de dificuldades, mas você pode pensar por aí: óbvio que é isso mesmo! Mas tem muita gente que vai ao “Farião” achando que o Bugre é o Liverpool.

Torcer para um time pequeno requer entendimento, paciência e muitas vezes, é uma sistêmica forma de se torturar. Os jogos são tecnicamente fracos e no geral, ruins.

A torcida tem que entender que o papel dela é apoiar o tempo todo, mas com o entendimento que espetáculo acontece só na terra da Rainha.

As ‘cornetas’ o tempo todo e as vaias costumeiras durante a partida, devem ser deixadas de lado, para que os jogadores possam ter um pouco mais de tranquilidade em sua própria casa.

A torcida do Guarani é linda, já fez muita festa bonita e ajudou demais o Bugre a desempenhar bons papéis no futebol mineiro, mas é preciso ter o discernimento que as vaias devem acontecer somente após o término da peleja, se assim forem necessárias.

Antes mesmo do campeonato começar, já havia torcedores e cronistas dizendo que o Guarani lutaria para não cair. Cedo demais e com o desempenho até aqui, muita gente tem mordido a língua por aí.

Um tapa na cara de muita gente e da minha também, que costumeiramente tem a mania de ser ansioso demais.

Donos de boteco

Não é só os torcedores que não aprenderam o que é torcer para time pequeno. Os donos de butiquins da cidade, também não aprenderam a ser donos de grandes empresas.

Um time que tem 89 anos e vive figurando entre a elite do futebol mineiro, mendiga todos os anos patrocínios de empresários divinopolitanos. A turma tem bolso cheio, mas a mente é menor que uma pulga.

O futebol é uma das melhores fontes para se investir. O retorno para a marca que se associa a paixão é imensurável, e pode alavancar e muito os negócios.

Como costumo dizer, Divinópolis tem poucos empresários e muitos donos de botecos. Aliás, quem quiser bater um dedo de prosa sobre isso, “bora” sentar em dos maravilhosos botecos que temos por aqui.

Até sábado em mais um jogo do nosso Bugre!

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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