BLOG DO GU FREITAS – O futebol brasileiro merece ficar sem o hexa

Na tarde do último domingo, 12/04, a TV Globo reprisou o pentacampeonato da seleção brasileira, mas o rumo que o futebol brasileiro levou, também entrou em pauta.

Após o pentacampeonato, as coisas começaram a degringolar para o futebol brasileiro. O nível técnico começou a cair e o campeonato brasileiro que era vendido muito bem lá fora, começou a perder espaço.

Na Copa de 2006, a seleção canarinho tinha um verdadeiro timaço:

Dida, Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos. Gilberto Silva, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Adriano e Ronaldo. Sem dúvidas uma das melhores seleções que o Brasil já teve.

A história pífia de comportamento e comprometimento todos se lembram. Jogadores acima do peso e muita farra na preparação, culminaram em uma eliminação precoce da “favoritaça” ao hexa.

Depois disso nas Copas subsequentes, os grandes craques começaram a minar. Em 2010, a esperança do Brasil de Dunga era em Luís Fabiano. Kaká e Robinho apagados levaram a mais um fracasso que era só questão de tempo.

Já em 2014, ainda mais minada de craques, a esperança era o imaturo Neymar e o desfecho final fica apenas subliminarmente neste parágrafo. Não é bom lembrar do maior vexame da nossa história. Ainda mais quando não aprendemos nada com aquilo.

Em 2018, seguimos o fluxo de Neymar e o jogador brasileiro representado por ele, escancarou de vez para o mundo a decadência do futebol brasileiro. Muita marra, festas e pouquíssimo futebol.

Nathan X Dudamel

O ponto para discutir com vocês é o seguinte: qual o real motivo que levou a nossa seleção de a mais temida a um adversário respeitado, mas que não inspira mais temor nos concorrentes?

Vou usar a entrevista recente do jogador atleticano Nathan para exemplificar o meu ponto de vista.

Abre aspas para o jogador:

“A gente era acostumado, era bitolado em um esquema e só jogar de um jeito, aí chega um técnico e quer que a gente jogue de outro jeito, aí alguns jogadores começam a não gostar e o técnico gostava de bater de frente, entendeu?! Dudamel era um técnico que queria muito mandar, mandar e mandar. Ele deixava a gente trancado no CT, alguns jogadores não gostavam disso e acabavam ficando de saco cheio”

Nada mais claro como essa ideia para exemplificar quanto o jogador brasileiro é pouco profissional e mimado. Discordar faz parte da vida, mas ficar de “saco cheio” pelo seu chefe quere implementar as ideias dele?!

O ponto é justamente esse. Os jogadores brasileiros estão acostumados com o fácil e com pouca exigência de competitividade. Qualquer treinador que queira implementar uma ideia de jogo mais moderna sofre enorme rejeição.

Jogador brasileiro em sua maioria gosta de coletivo, bobinho e brincadeiras no treinamento, mas enquanto todos evoluíram e aprenderam mesmo com pouca técnica, a serem competitivos, o Brasil continua achando que somente a habilidade levanta taça.

Pensamento mais besta não existe, porque nossos craques minaram. Não temos mais 11 super craques em uma seleção e Neymar não ganha jogo sozinho.

Trabalho de base, mudança de mentalidade, muito esforço para formar novos treinadores e novos perfis de atletas devem ser ideias para se discutir daqui em diante.

Refletir, recomeçar e reestruturar são pedidas para ontem, ou na minha humilde opinião, o hexa pode demorar décadas para chegar.

 

 

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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