Blog do Leo Lasmar – Felipão, não existe só a bola parada no futebol.

O torcedor do Cruzeiro, a crônica esportiva e até jogadores chegaram a crer que era possível o acesso à Série A. Felipão conseguiu uma recuperação que poucos acreditavam. Mas as atuações com Avaí e, agora, contra a Ponte, mostraram mesmo que a Raposa não merece e nem fez grande esforço para subir. A derrota de virada, no Moisés Lucarelli, foi retrato de repertório esportivo pobre e um administrativo marcado por decisões que não tiveram resultado efetivo no ano.

A missão de Felipão, realmente, era acabar com as chances de rebaixamento à Série C. Pegou o time com 13 pontos em 16 jogos e, hoje, com 31 partidas disputadas, tem 40 pontos. Precisa de mais uma vitória para se safar completamente. O objetivo estará completado. Mas é pouco para a grandeza do quase centenário Cruzeiro e de Felipão.

É pouco também o que o time mostra em campo. Repertório ofensivo pobre, ancorado nos lances de bola parada, que dependem das cobranças de Machado e das subidas do Cruzeiro com Manoel. Pouco para o Cruzeiro que tem o maior orçamento da Série B. Pouco, muito pouco.

A opção por apenas se defender e não ampliar o placar sofreu o castigo com a virada da Ponte. Já havia acontecido com o Avaí. A opção de não atacar fez o time perder cinco pontos. Hoje, estaria a quatro do G-4, podendo sonhar com o acesso.

O desempenho na Série B também é fruto das ações fora de campo. O Cruzeiro contratou mais de dois times para a temporada. Metade deles já nem é mais utilizada. Trouxe jogadores que retornaram de empréstimo, que aumentaram a folha salarial do clube. Somente Manoel e Rafael Sóbis deram resultado em campo.

O Cruzeiro ainda teve quatro treinadores na temporada. Um para cada três meses, em média. Trocou, trocou e trocou, e não teve o que queria. Eliminações precoces no Mineiro e na Copa do Brasil. Campanha decepcionante na Série B. Felipão chegou com uma multa milionária no contrato, que é longo.

Hoje, o Cruzeiro vê que a realidade é disputar, pela segunda vez (inédita para um grande do país), a Série B. Realidade de um orçamento que continuará pequeno perto da grandeza. Série A só em 2022 e se planejamento e futebol sofrerem profundas mudanças.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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