Guzmám vem ou não para o Cruzeiro?

Não bastou o anúncio do Cruzeiro, Envigado e a declaração de que Yeison Guzmán estava chegando à Toca da Raposa. Os termos contratuais, no papel, falaram mais alto pela parte do jogador e travaram o negócio, que já começou tumultuado, com empresário do atleta e intermediários “não falando a mesma língua”, com até queixa de “ciúmes” dentro do negócio.

Nos bastidores do clube mineiro, coloca-se na conta do empresário de Guzmán (o chileno Kormac Valdebenito) o desfecho ruim da negociação.

Foi apurado que, quando o contrato de trabalho com o Cruzeiro chegou às mãos de Valdebenito e Guzmán, no fim da última semana, os dois questionaram os termos do vínculo e se isolaram, se manter contato com a Raposa e o Envigado. Da parte do jogador, reclamam que a maior parte do salário (prevista no contrato) seria em direitos de imagem (cerca de 70%), e o restante em carteira. A legislação brasileira permite essa divisão, desde que seja no máximo 60% em direito de imagem e, consequentemente, no mínimo 40% na carteira.

Com o receio demonstrado inicialmente sobre os atrasos de salário no Cruzeiro, o empresário temeu que não conseguiria contestar os valores em imagem, acordados em um contrato à parte, caso houvesse atraso. Também não concordou com os descontos em carteira, que reduziriam o valor acertado verbalmente.

A partir disso, Valdebenito começou a questionar os termos da negociação. No sábado, o empresário disse que ainda restavam pendências a serem resolvidas antes da vinda do colombiano para o Brasil. Sem elas resolvidas, o meia não viria. O Cruzeiro, por sua vez, se ampara pela documentação confeccionada para o acordo.

Já na sexta à noite, depois do jogo do Envigado pelo Campeonato Colombiano, a notícia que a negociação com o Cruzeiro havia recuado chegou ao clube costeiro, até mesmo aos jogadores e ao técnico André Orozco. Para evitar mais arestas, todos decidiram evitar pronunciamentos sobre o negócio, até que tudo fosse resolvido. Entretanto, já temiam um recuo.

A previsão era que Guzmán desembarcasse na última segunda em Belo Horizonte. Alexander Viveros, ex-jogador do Cruzeiro na década de 1990 e intermediário na negociação junto do brasileiro Gianfranco Petruzzello (com bom trânsito no futebol colombiano), iriam acompanhar o jogador na capital mineira e o desfecho da negociação, com realização de exames e assinatura de contrato.

Entretanto, precisavam resolver esse entrave. Também deixaram de se pronunciar no mesmo período. A dupla de intermediários, mencionada, inclusive, na nota oficial do Envigado, vinha tendo um desgaste com Kormac Valdebenito, queixando-se que o agente chileno estava tendo “ciúmes” por não ser protagonista no negócio.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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