Indigentes que moram na Praça do Santuário não são de Divinópolis

A Prefeitura de Divinópolis intensificou os trabalhos do Serviço de Abordagem de Rua na Praça do Santuário no mês passado. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), realizou 40 abordagens às pessoas em situação de rua, oferecendo os serviços disponíveis.

Durante os trabalhos, o Serviço de Abordagem de Rua constatou 12 pessoas morando na praça, dessas, quatro aceitaram serem encaminhadas à Casa de Acolhimento e dois receberam passagens para voltarem às suas casas.

De acordo com o Serviço de Abordagem de Rua, semanalmente são feitas ações na Praça do Santuário, devido às características do local e as diversas denúncias sobre pessoas em situação de rua que se encontram na praça. No local, foram abordadas pessoas de Divinópolis, Nova Serrana, Belo Horizonte, Sacramento, Salvador (BA), Franca (SP), Paraopeba e Natal (RN).

“A abordagem nesta área é mais intensa. Eles fazem uso de bebida alcoólica e também as necessidades fisiológicas, pedem dinheiro e também recebem café e pão, de manhã e a tarde. Esse conjunto de facilitadores reforça a permanência dessas pessoas no local”, destacou a assistente Social do Creas, Andrea do Carmo.

A equipe também distribuiu mil panfletos no entorno, informando sobre os serviços oferecidos à população em situação de rua. “Conscientizando a população para não dar esmolas e explicando que as pessoas em situação de rua não podem ser simplesmente retiradas, e sim, encaminhadas à sua cidade de origem ou admitidas na Casa de Acolhimento”, explicou a assistente.

As pessoas que estão em situação de rua, precisam aceitar os serviços e serem encaminhadas de maneira voluntária. “Todas as pessoas em situação de rua que se encontram na porta da igreja e na praça, já foram abordadas várias vezes no sentido de sensibilizá-las e convencê-las a deixarem os locais, mas pelos facilitadores ali presentes, algumas preferem permanecer”, disse.

O serviço de abordagem é responsável pela localização, contato, vínculo e encaminhamento da população em situação de rua à Casa de Acolhimento e outros serviços que possam recebê-los, inclusive os de saúde, quando possuem algum agravo. Alguns aceitam participar dos projetos sociais e outros preferem ficar nas ruas.

Após a saída dos moradores de ruas, os funcionários da Secretaria Municipal de Operações Urbanas (Semop) realizaram a limpeza da praça.  

A Casa de Acolhimento oferece 25 vagas com equipe técnica composta por uma coordenadora, um assistente social, um psicólogo, um auxiliar de serviços gerais, um porteiro e 10 monitores. A instituição oferta atendimento integral garantindo condições de estadia, convívio, endereço de referência para acolher com privacidade pessoas em situação de rua, migração ou pessoas em trânsito e sem condições de autossustento. A permanência nesta casa pode ser de até seis meses desde que sejam obedecidos os critérios pré-estabelecidos. Além da Casa de Acolhimento, o Serviço do Migrante oferta retorno de pessoas desprotegidas socialmente e em trânsito por Divinópolis às suas cidades de origem.

Postado originalmente por: Minas AM/FM

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