Sampaoli não quer o “9” fixo

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O Atlético tem o segundo melhor ataque do Brasileirão (31 gols em 17 jogos), mas o setor ofensivo caiu de produção nas últimas rodadas. As derrotas para Fortaleza e Bahia, além do empate sem gols com o Sport, chamaram atenção para uma dificuldade do Galo nas finalizações. Grande parte da torcida cobra, nas redes sociais, a contratação de um camisa 9 de ofício, de referência. Aquele centroavante forte, alto, que complica a vida dos zagueiros na área. Sampaoli, porém, não quer esse jogador.

Pelo menos três nomes de atletas com essa característica foram levados ao técnico, mas Sampaoli recusou todos eles. O treinador tem muita convicção sobre seu modelo de jogo e entende que o camisa 9 do time deve ser móvel, dinâmico, com características semelhantes às de Marrony e, principalmente, Eduardo Sasha, que segue prestigiado.

Isso não significa dizer que o Atlético não vai se reforçar no ataque. Caso o clube encontre um atleta com as características desejadas por Sampaoli (em condições de ser contratado), a posição pode ser reforçada. Por enquanto, porém, todos os nomes sugeridos pelo argentino à diretoria estão fora da realidade financeira atleticana. Por isso, o Galo segue apenas com Sasha e Marrony para a posição, e não será surpresa se continuar assim até o fim do Brasileirão.

Existem outras situações envolvendo os desejos do treinador e as movimentações do Atlético no mercado. Pensando em reforços, o foco de Sampaoli no momento é a contratação de mais um ponta, um “extremo”, para dar mais alternativas ao setor. Hoje, os titulares são Savarino e Keno. O Galo chegou a avançar em conversas com Sebastian Villa, do Boca Juniors, mas a negociação foi cancelada – Villa é acusado de espancar a namorada na Argentina.

Sampaoli quer um elenco enxuto. O Atlético chegou a conversar com o treinador sobre a necessidade da contratação de outro lateral-esquerdo (já que Fábio Santos rescindiu e foi para o Corinthians), mas o argentino não quer. Também não quer outro volante (para suprir as saídas de Léo Sena e Gustavo Blanco).

O técnico do Galo quer trabalhar com o que tem, a menos que o clube tenha condições de contratar um dos atletas da lista de indicações dele – esses, porém, custam muito caro, mais até do que Matías Zaracho, contratação com custo alto, mas bem avaliada pela diretoria e pelos investidores, que veem grande possibilidade de valorização do meia argentino.

É sempre importante mencionar: esse texto reflete os anseios de momento de Jorge Sampaoli. O treinador, porém, já mudou de ideia sobre vários assuntos ao longo da temporada, em várias ocasiões. Se verdades duram pouco no futebol, verdades sobre desejos de Sampaoli duram menos ainda. Fato é que, com ou sem reforços, o Galo precisa se recuperar no Brasileiro, para seguir sonhando com título.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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