Se “afogou”!! Depois de mais um vexame, Atlético demite Rafael Dudamel e mais 2 diretores

O Atlético anunciou, na madrugada desta quinta-feira, um “combo” de demissões. Rafael Dudamel vai embora do clube com toda sua comissão técnica, mas não para por aí. O diretor de futebol Rui Costa e o gerente de futebol Marques também estão demitidos.

A decisão foi tomada pelo presidente Sérgio Sette Câmara – e sua diretoria – e anunciada pela assessoria de imprensa do Galo.

“A partir desta sexta-feira (28), Rui Costa (diretor de futebol), Marques Batista de Abreu (gerente de futebol), Rafael Dudamel e sua comissão técnica não fazem mais parte do Clube.

Para o jogo de domingo, em Varginha, contra o Boa Esporte, o time será comandado por James Freitas e Lucas Gonçalves, ambos da comissão técnica fixa.

O grupo se reapresenta nesta sexta-feira à tarde e já fica concentrado”.

A demissão do treinador acontece após apenas 10 jogos de Dudamel no cargo. Foram quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas (53,3% de aproveitamento), além de duas eliminações, para o Unión-ARG (primeira fase da Sul-Americana) e Afogados-PR (segunda fase da Copa do Brasil). Essa é a demissão mais precoce (em número de jogos) de um técnico do Galo desde 2004, quando Mário Sérgio foi demitido após nove jogos no comando da equipe.

O treinador de 47 anos foi contratado pelo Atlético com um projeto de longo prazo. A ideia do clube era tê-lo no cargo por um longo tempo e, também por isso, o contrato assinado entre as partes tinha validade até o fim de 2021. Os primeiros resultados passaram longe do que o clube esperava, e Dudamel não suportou a pressão.

As eliminações, claro, pesaram muito na decisão da diretoria capitaneada pelo presidente Sérgio Sette Câmara. No Campeonato Mineiro, o Galo não começou bem e é apenas o quarto colocado, mas os resultados que mais interferiram na sequência foram a derrota por 3 a 0 para o Unión, na Argentina, e o empate por 2 a 2 (seguido de derrota nos pênaltis) para o Afogados, nesse que foi um dos maiores vexames da história do clube.

Além de algumas dificuldades dentro de campo (demora para encontrar um padrão tático e uma escalação titular, por exemplo), Dudamel também esbarrou em desafios fora das quatro linhas. Disciplinador, o treinador teve alguns ruídos na comunicação com os atletas, especialmente após algumas decisões “impopulares” de programação. Técnico e diretoria relativizaram a situação, mas é difícil dissociar os obstáculos no relacionamento com os atletas dos resultados (e desempenhos) ruins no início de 2020.

O Galo, agora, começa mais uma vez a procura por um novo treinador. O clube tem tido muita dificuldade para encaixar um trabalho longevo com um comandante. O último que começou e terminou uma temporada à frente do Atlético foi Cuca, em 2013. De lá para cá, sem contar os interinos, foram 12 treinadores (Levir Culpi teve duas passagens). Desde a saída de Levir, no fim de 2015, foram 10 técnicos (incluindo ele próprio) e apenas um título conquistado: o Campeonato Mineiro 2017, com Roger Machado.

Com Dudamel, vão embora o auxiliar técnico Marcos Mathias, o preparador físico Joseph Cañas, o analista de desempenho Rodrigo Piñon e o coach motivacional Jeremias Álvarez, todos venezuelanos.

A queda atleticana para o Afogados fez mais vítimas. Além da comissão técnica de Rafael Dudamel, Rui Costa e Marques também foram demitidos. O diretor de futebol chegou ao clube em abril de 2019 e vai embora antes do primeiro “aniversário” no cargo. Marques estava no Galo como dirigente desde que Sérgio Sette Câmara assumiu a presidência, em dezembro de 2017. Atuou nas categorias de base e foi transferido ao profissional após a demissão de Alexandre Gallo (então diretor de futebol), no dia 30 de outubro de 2018.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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