Séria A mais distante que o esperado. Técnico do Cruzeiro diz que time terá que “jogar muito mais”

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A primeira derrota do Cruzeiro sob o comando de Ney Franco chegou na noite deste sábado, com o 3 a 1 para o CSA, em Alagoas, pela 10ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O time foi batido facilmente nas bolas pelo alto e também não teve tanta facilidade para criar chances de gols.

Apesar de o Cruzeiro ter sofrido os três gols em bolas aéreas, o treinador preferiu não apontar culpados, apesar de lamentar os dois primeiros gols, que nasceram de bolas paradas. O time ainda não tinha sido vazado dessa forma na competição, e falhou justamente em um momento de domínio (ao menos territorial) do jogo.

“Sobre a derrota, a gente não vai colocar na conta de ninguém. O adversário foi merecedor do resultado, pela competência que teve, principalmente nos dois primeiros gols, em bolas paradas, no momento em que nossa equipe passava uma mensagem de que estava jogando em cima do adversário, mas sem criar muitas oportunidades de gols”

Entre os três gols sofridos pelo alto, Ney Franco ressaltou o primeiro, onde foi cometido um erro tratado por ele como “básico” no futebol.

“Ali entrou um pouco de competência do adversário, mas, principalmente no primeiro gol, a puxada do atacante no primeiro pau para raspar é um básico do futebol, que você tem que fazer a marcação. Infelizmente, esses dois gols de bolas paradas mudaram muito a situação do jogo”

– Nos cabe agora pegar algo de positivo da partida para reforçar e mostra que a gente tem que fazer ajustes nesses detalhes de bola parada, para que, no próximo jogo, a gente aperfeiçoe isso e, hoje, a gente sabe que em jogos equilibrados esse detalhe da bola parada pode definir.

Ney Franco também foi questionado na entrevista coletiva sobre o fato de a equipe do Cruzeiro não conseguir engrenar e sempre ter um pedido de paciência endereçado aos torcedores, o que vem acontecendo desde 2019. O treinador entende as cobranças e, ele mesmo, admite: o elenco sabe que precisa mostrar mais.

“O torcedor cruzeirense mostrou, nos momentos em que ganhou as partidas, criou uma expectativa enorme, pelo otimismo que a gente tem, pela tradição que a gente tem dentro das competições nacionais”.

“Mas a gente vai ter que jogar muito mais do que está jogando. Os jogadores estão conscientes disso”

Uma situação pouco usual foi vista diante do CSA. Diante dos dois gols levados no primeiro tempo, Ney Franco fez duas substituições em poucos minutos, abrindo mão de Jadsom e Arthur Caíke para colocar Thiago e Daniel Guedes, respectivamente. O treinador disse que a ideia de abrir mão do volante para colocar um centroavante foi com a intenção de dar mais força ao ataque, diante da adversidade no placar.

“A primeira substituição foi feita em cima do resultado. (…) Como a gente tomou o segundo gol muito cedo, se não me engano aos 28 ou 29 minutos, eu fiz o que, normalmente, não se faz no futebol. Você dá um tempo maior, mas eu quis colocar mais uma força ofensiva para a gente criar mais situações de gols. Depois da entrada do Thiago, ainda no primeiro tempo, a gente criou duas oportunidades claras de gol, mas infelizmente o gol não saiu”.

A substituição de Arthur Caíke gerou mais surpresa, principalmente pelo fato de que Daniel Guedes não atuava desde setembro do ano passado. Com a entrada dele, Rafael Luiz foi adiantado para o ataque. Segundo Ney, Arthur sentiu um problema muscular, e a entrada de Daniel aconteceu pela ausência de opções de velocidade no banco.

“A outra substituição, o Arthur Caíke, ainda no primeiro tempo, sentiu uma lesão muscular. (…) Eu trabalhei muito com uma experiência que o Rafael teve no jogo passado, de jogar um pouco à frente, e eu já aproveitei para colocar o Daniel Guedes em campo, que é um lateral, colocando o Rafael para frente, jogando como um atacante. Foi uma substituição de ordem física e, por a gente não ter nenhum jogador no banco com característica de velocidade, eu optei por fazer uma substituição com o Rafael em uma forma como ele já tinha jogado”.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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