Caminhoneiros fecham rodovias de Minas em protesto nacional contra aumento do diesel

Caminhoneiros fecham rodovias de Minas em protesto nacional contra aumento do diesel
Na região de Muriaé ainda não há registros de protestos (Foto: Sinditac-MG)

Os protestos de caminhoneiros na manhã desta segunda-feira (21) contra o preço do diesel afetam pelo menos três rodovias de Minas Gerais: as BRs 040, 381 e 262. Nas estradas, quem tenta trafegar encontra manifestantes interrompendo o fluxo de veículos nas pistas. O movimento ocorre em todo o Brasil por causa da política da Petrobras de constantes aumentos nos preços dos combustíveis.

Na região de Muriaé, até as 8h30 desta segunda (21), não havia confirmação de protestos em andamento.

Segundo registros da Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais, há manifestações com pontos de interdição parcial na BR 381, nos quilômetros 513, altura de Igarapé, e 617, em Oliveira, além do km 690, na estrada de Lavras. Na BR 262, a interrupção de parte da via ocorre no quilômetro 262, em Juatuba.

Já na BR 040 os manifestantes fecham parte da pista no quilômetro 699, em Barbacena. Há registro de interdição parcial também no quilômetro 808 em Matias Barbosa.

Quem vai de Ribeirão das Neves para BH, na Região Metropolitana, também encontra interdição e protesto. Segundo a PRF, somente veículos de carga conseguem passar.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Autônomos de Carga de Minas Gerais (Sinditac-MG), também há protesto em trecho da MG 50 em Passos.

Diesel inviável

Para o presidente do Sinditac de Minas, Antônio Vander Silva Reis, que está acompanhando os protestos no estado, o que tem sido cobrado de combustível está inviabilizando o trabalho dos caminhoneiros. “O aumento é absurdo, tem lugar que o diesel, que custava cerca de R$ 2,70 há seis meses, está custando R$ 3,70 ou R$ 3,80. O preço está chegando aos R$ 4”, disse.

Segundo Antônio Vander, o impacto na atividade de quem trabalha com fretes é enorme, pois o preço pago pelos contratantes dos serviços não mudou. “Não tem mais condições de rodar. Hoje o combustível já está ultrapassando em 60% o valor do frete”, conta.

Se um motorista pega um serviço de transporte de mercadoria por R$ 1000, são R$ 600 destinados somente ao combustível. Na avaliação do sindicato, uma conta justa seria de três por um. Ou seja, se o gasto com o diesel for de R$ 600, o motorista deveria receber R$ 600 pelo serviço e mais R$ 600 pelo desgaste do veículo.

Motoristas nas estradas

O presidente do Sinditac-MG afirmou que a orientação aos motoristas foi ficar em casa e não soube dizer quais serão os procedimentos nas manifestações. “Essa greve partiu dos próprios caminhoneiros, então não tem como a gente dizer como vai ser conduzido”, afirmou.

O movimento dos caminhoneiros em Minas Gerais começou por volta das 23h30 de domingo nas BRs já nas alturas de Barbacena, Matias Barbosa e Juatuba.

Na sexta-feira pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) chamou os motoristas a participar de uma paralisação a partir das 6h desta segunda-feira. O principal motivo é a alta de preço no óleo diesel. Até o momento, o governo federal não sinalizou com resposta sobre as reivindicações da categoria.

Os caminhoneiros pedem a retirada dos encargos tributários cobrados sobre o óleo diesel. Também querem a isenção da Contribuição sobre Domínio Econômico (Cide) sobre a venda do óleo diesel usado pelos transportadores autônomos.

 

Fonte : Estado de Minas

Postado originalmente por: Rádio Muriaé

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