A Rádio Muriaé conversou nesta terça-feira (24) com o cardiologista e diretor-presidente do Prontocor, Odilon Carvalho. O assunto tratado foi devido o pouco repasse que os hospitais filantrópicos estão recebendo através do programa SUS Fácil o que está gerando um prejuízo muito alto na saúde.
O cardiologista explicou que apenas 250 mil reais são repassados pelo programa. Um valor que o hospital não consegue atender a quantidade de pessoas que necessita dos atendimentos.
Criado em 2007, o SUS Fácil é um repasse do governo do estado para custear tratamentos de alta complexidade em hospitais que são especializados em algumas áreas, como o caso do Prontocor no segmento cardiológico.
De acordo com dados do hospital, de janeiro a outubro de 2020, foram atendidas somente no Pronto Socorro da unidade, 7.516 pessoas. Um número bem acima que o estado arca. Ainda segundo dados fornecidos pela administração da instituição, só em 2020, o hospital deixou de atender 1.839 pacientes. Em 2019 esse número foi ainda maior; 3.131 pessoas deixaram de ser assistidas.
De acordo com Odilon, o hospital tem capacidade para atender a aproximadamente 300 cidades da região, o que corresponde a uma população de um milhão de habitantes, porém, com o pouco investimento feito pelo governo do estado, atualmente o Prontocor só consegue atender a seis municípios.
Ainda segundo Odilon, para resolver esse problema que assola milhares de pessoas, é importante que o governo do estado volte a investir no programa e que, se o valor estipulado passar, que seja realizada uma auditoria na unidade hospitalar para comprovação dos atendimentos.
Fonte : Rádio Muriaé
Postado originalmente por: Rádio Muriaé
