Presidente e membros da diretoria do Sintect/JFA estiveram na Rádio Muriaé nesta quarta (23)
Nos últimos anos tem crescido de forma contínua, em todo o país, as reclamações da população quanto ao atraso no serviço de entrega de correspondências e encomendas por parte dos Correios. Em Muriaé o cenário atual é de muita insatisfação dos usuários, que se queixam, principalmente dos boletos de débitos que são entregues após a data de vencimento, resultando em pagamento com juros e multas.
Em busca de suas correspondências, muita gente está indo ao Centro de Distribuição Domiciliar (CDD), na Gávea, de onde os objetos enviados seguem para o endereço dos destinatários, e filas tem se formado no local quase que diariamente.
Para falar sobre o assunto e outras demandas relativas à realidade atual dos Correios, o comunicador Jorge Luiz recebeu na edição desta quarta-feira (23), do programa “Manhã da Muriaé”, membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e Região (Sintect/JFA), fundado em 1988. Estiveram presentes no estúdio, o presidente do sindicato, João Ricardo Guedes (Índio), acompanhado do diretor de finanças da entidade, Alan Marques, e do secretário geral do Sintect/JFA, Jorge Luiz.
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Os representantes da entidade argumentaram que a estrutura dos Correios está “sucateada” em função de um processo que classificaram como “desmonte” pelo qual, segundo eles, a estatal vem passando desde o governo Collor, com exceção da era petista, visando à privatização da empresa.
Sobre o problema nacional de atrasos nas entregas, dois pontos foram destacados como principais causadores do cenário. João Ricardo afirmou que nos últimos anos o número de funcionários da estatal – que não realiza concurso público desde 2011 – foi reduzido drasticamente, caindo de 128 mil em 2012 para atuais 106 mil.
Com essa realidade, os carteiros estão sobrecarregados e, simplesmente, não dão conta da demanda de entregas. Os sindicalistas argumentam ainda que o quadro tem gerado o adoecimento precoce de muitos trabalhadores em função da carga de trabalho excessiva.
Outro fator que impacta no serviço é o sistema de Distribuição Domiciliar Alternada (DDA), implantado recentemente pela direção dos Correios. O diretor de finanças do sindicato explicou que com o sistema a presença dos carteiros nas ruas de sua área de responsabilidade deixou de ser diária e passou a ser de uma a duas vezes por semana.
Sobre a possibilidade de privatização, o presidente do sindicato disse que caso o processo ocorra, certamente agências de cidades pequenas serão fechadas e, visando altos lucros, quem adquirir os Correios irá focar nos grandes centros.
Site dos sindicato: http://www.sintectjfa.org.br/index.php
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Fonte : Radio Muriaé
Postado originalmente por: Rádio Muriaé
