Servidores estaduais da educação seguem paralisados em todas as regiões de Minas, cobrando do governo o pagamento integral da 1ª parcela do mês de junho para todas as categorias do setor, sem distinção. Em Muriaé a greve tem adesão em 18 das 22 escolas estaduais do município – que incluem 16 na área urbana e seis nos distritos. Em 14 instituições da cidade as aulas estão totalmente suspensas e mais uma terá paralisação total a partir desta quinta (21).
A E.E. Maria Augusta Silva Araújo, no bairro Santa Terezinha tem adesão parcial, e na E.E. João Teixeira Siqueira, no distrito de Vermelho, apenas uma servidor não está trabalhando e, segundo a escola, as aulas ocorrem normalmente. Já na E.E. Temístocles Eutrópio, em Boa Família, que funciona de maneira normal nesta quarta (20), haverá suspensão total das aulas a partir desta quinta (21).
Os números foram apurados nesta quarta-feira (20) pelo jornalismo da Rádio Muriaé a partir de dados obtidos em contato com a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Muriaé, com a representação local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e diretamente com algumas escolas.
Apenas cinco escolas estaduais de Muriaé não registram adesão ao movimento. São elas: E.E. Dr. Olavo Tostes (Barra); Orlando de Lima Faria (São Francisco); Julieta Oliveira de Macedo (Planalto); Escola de Educação Especial Walter Vasconcelos (Cerâmica) e Maria Auxiliadora Faria (Penitenciária).
De acordo com a os dados levantados pela emissora, das 38 escolas estaduais sob sua responsabilidade da SRE de Muriaé, em um total de 14 municípios, apenas 11 não registram adesões à greve. São 27 instituições com paralizações, sendo a extensa maioria de forma total.
A assessoria de gabinete da Superintendência ressalta que os números são atualizados diariamente e que, portanto, pode haver alterações de um dia para o outro, em caso de novas adesões ou, até mesmo, mediante eventual retomada de atividades.
Nesta quarta (20), o governo de Minas anunciou o pagamento de R$ 1.500,00 referente ao restante da 1ª parcela do pagamento de junho para parte dos servidores da educação. Porém, conforme o Sind-UTE publicou em seu site, a categoria segue com o movimento até que todos os funcionários estaduais da educação tenham recebido a 1ª parcela por inteiro, incluindo os aposentados.
Manifestações
Servidores do setor realizaram um ato na última sexta-feira (15), no centro de Muriaé. Com faixas e cartazes, eles criticaram a política salarial praticada atualmente pelo governo e divulgaram a greve.
Nesta terça (19), um grande manifesto, organizado pelo Sind-UTE aconteceu na praça da Liberdade em Belo Horizonte, e a categoria cobrou do governador o pagamento dos salários.
Confira a nota de esclarecimento divulgada pelo Sind-UTE/MG nesta quarta (20)
“Na tarde desta quarta-feira, dia 20 de junho de 2018, o Sind-UTE/MG foi informado pela Secretaria de Planejamento e Gestão de que o Governo fará o depósito do valor de até R$1.500,00 como restante da primeira parcela dos salários para parte da categoria da educação.
A decisão dos/as trabalhadores/as em educação, definida na maior instância do Sindicato que é seu Congresso Estatutário, é a suspensão das atividades até que os servidores da educação recebem a primeira parcela dos salários, sem distinção de cargo, vinculo ou condição de ativo ou aposentado. O governo foi notificado desta decisão no dia 05 de junho último.
Como o governo ainda não efetuou o pagamento integral da primeira parcela para toda a categoria, esclarecemos que a suspensão das atividades, conforme decisão do Congresso, continua até que toda a categoria receba a primeira parcela integral do salário.”
Texto: Rádio Muriaé – reprodução na íntegra ou parcial permitida somente mediante crédito.
Fonte : Radio Muriaé
Postado originalmente por: Rádio Muriaé
