Hospitais filantrópicos denunciam que governo estadual deve cerca de R$ 1 bilhão em repasses atrasados

Hospitais filantrópicos denunciam que governo estadual deve cerca de R$ 1 bilhão em repasses atrasados
Federação das Santas Casas de Hospitais Filantrópicos publicou carta aberta sobre o assunto (entre e veja)

O governo de Minas deve aproximadamente R$ 1 bilhão em repasses atrasado aos hospitais filantrópicos do estado. A afirmação é da Federação das Santas Casas de Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas), que publicou nesta semana em seu site, carta aberta à população denunciando o cenário de colapso financeiro vivido por muitas instituições devido ao bloqueio dos repasses por parte do governo estadual.

Veja a carta no final ao texto

Representando as mais de 320 instituições hospitalares filantrópicas de Minas, a entidade afirma na carta que os valores são referentes a “programas essenciais ao atendimento da população mineira”, como o “Rede Cegonha”, de atenção à saúde materna e infantil que, segundo a federação, soma 17 meses de atraso, e o “Pro-Hosp”, que possibilita, entre outras coisas, a aquisição de equipamentos e realização de cirurgias de alta demanda, que já tem dois pagamentos quadrimestrais atrasados, totalizando oito meses sem cobertura.

O documento divulgado pela Federassantas também cita 90 dias de atraso nos repasses do “Rede Resposta”, programa voltado à manutenção de especialistas no atendimento de urgência e emergência (Pronto Socorro), que é pago mensalmente, e mais de dois anos sem pagamentos de recursos  referentes ao programa “Casa de Apoio à Gestante e à Puérpera” (Cagep), para que os hospitais mantenham casas para permanência de mães do interior que não tem condições de se manter na cidade onde o filho está internado.

A entidade ainda argumenta que os filantrópicos respondem por mais de 70% das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas, mas que os valores pagos pelo SUS não são suficientes para cobrir as despesas de tais serviços.

Como consequência, a federação afirma que muitas instituições de saúde vivem uma inevitável realidade de endividamento e alerta que caso a situação não seja sanada, muitos hospitais poderão suspender os atendimentos gratuitos.

Reunião com autoridades

Na manhã desta quarta-feira (11), a presidente da Federassantas, Kátia Rocha e o superintendente da entidade, Adelziso Vidal, participaram de uma reunião Procurador de Justiça de Minas, Nedens Ulisses Freire Vieira, promotores e secretários estaduais de governo, visando uma solução para a grave crise financeira na saúde de Minas Gerais.

Conforme a federação, o encontro foi proposto pelo Ministério Público (MP) e, além do procurador, contou com a presença do secretário de Estado de Saúde, Nalton Sebastião Moreira da Cruz, o secretário de Estado de Planejamento, Helvécio Magalhães, bem como de promotores do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO-Saúde) e de diferentes comarcas do estado.

De acordo com a Federassantas, o saldo da reunião seria divulgado hoje (12), em seu site  www.federassantas.org.br.

 

 

 

Texto: Rádio Muriaé, com informações da Federassantas – reprodução na íntegra ou parcial do conteúdo (texto e imagem) permitida somente mediante crédito.

 

Fonte : Radio Muriaé / Fderassantas

Postado originalmente por: Rádio Muriaé

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