Novembro Azul: urologista destaca a importância da prevenção contra o câncer de próstata

Novembro Azul: urologista destaca a importância da prevenção contra o câncer de próstata
Na a entrevista, Vitor Fanni explicou como o preconceito atrapalha o diagnóstico
a entrevista foi conduzida pelo comunicador Jorge Luiz e pelo jornalista Paulo Victor Costa

A Rádio Muriaé recebeu nesta quarta-feira (25) o urologista Victor Fanni para falar sobre a importância da prevenção contra o câncer de próstata.

Durante a entrevista, o urologista explicou como o preconceito atrapalha o diagnóstico precoce e quando a doença é descoberta, o tratamento passa a ser mais agressivo. “A nossa sociedade é muito preconceituosa e machista. O exame é desconfortável, mas é rápido e que acrescenta bastante no diagnóstico”, disse o especialista.

Outro assunto abordado foi a idade necessária para a realização do exame. Segundo Victor, a partir de 50 anos é importante que os homens procurem atendimento médico. Quando há um fator de risco hereditário entre pai ou irmão é importante que o exame seja realizado aos 45 anos. Homens negros, sedentários, obesos estão mais propícios a desenvolver a doença.

O urologista ressaltou que é importante que os homens façam o exame de sangue, mas que o exame de toque é que detecta de fato, se há ou não o tumor na próstata.

Primeiros sintomas

Dr. Victor orientou que, o importante é detectar a doença o quanto antes para aumentar as chances de cura, mas alertou que problemas urinários, dores fortes nos ossos e na coluna, sangue no esperma podem ser sintomas de que a doença esteja avançada no organismo.

Como tratar o câncer de próstata?

O urologista enfatizou que o tratamento está evoluindo muito nos últimos anos. “Antigamente todos que tinha câncer de próstata, obrigatoriamente, teria que ser tratado, mas dependendo do grau da doença, da condição de saúde do paciente, a gente considera que a pessoa vai morrer com a doença e não da doença. As vezes o tratamento é pior que a doença propriamente dita”, afirmou Victor.

Caso a doença esteja colocando a vida do paciente em risco e está fora de controle, a opção é a cirurgia, seguido de radioterapia. “É importante individualizar o tratamento em cada paciente”. Concluiu Fanni.

O câncer de próstata é o mais comum entre os homens e também a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos com a doença, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Dr. Victor é membro da Sociedade Brasileira de Urologia, Mestre em Câncer pelo Hospital C Camargo em São Paulo, Pós-graduado em Reprodução Humana e fertilidade de casais e médico do Hospital da Universidade Federal de Juiz de Fora.

 

Fonte : Rádio Muriaé

Postado originalmente por: Rádio Muriaé

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