Professores estaduais decidem seguir com greve; em Muriaé 2 escolas estão totalmente sem aula

Professores estaduais decidem seguir com greve; em Muriaé 2 escolas estão totalmente sem aula
A continuidade da greve foi definida em Assembleia Estadual, nesta quinta (22), na ALMG (Foto: Lidyane Ponciano / Sind-UTE/MG)

Em greve desde 8 de março, os servidores estaduais da Educação decidiram pela continuidade do movimento por tempo indeterminado, em Assembleia Estadual realizada na tarde desta quinta-feira (22), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. Em Muriaé, professores de três escolas aderiram à greve. Na E.E. Professor Mário Macedo (Barra) e E.E. Engenheiro Orlando Flores (Dornelas) o panorama é de adesão total, sem aulas. Já na E.E. Dr. Olavo Tostes (Barra) a adesão é parcial e cerca de 70% dos professores estão em sala de aula.

O jornalismo da Rádio Muriaé entrou em contato com as escolas em cenário de greve na cidade e apurou que os servidores que atuam no setor administrativo das instituições trabalham normalmente.

A equipe da E.E. Orlando Flores informou que a interrupção total das aulas se deu a partir da última segunda-feira (19), e que entre três e quatro professores estão cumprindo horário, porém como são poucos, não estão dando aula. Procurada novamente na manhã desta sexta (23), a equipe da escola afirmou que não foi informada sobre mudanças no movimento e que até segunda ordem, a situação segue inalterada.

A direção da E.E. Mário Macedo esclareceu que a adesão de seu corpo docente ao movimento grevista chegou à totalidade na terça-feira (20), resultando na paralização completa das aulas por completo.

Em relação à E.E. Olavo Tostes, as informações obtidas pela emissora junto à direção da escola são de que 13 de seus aproximadamente 40 professores – cerca de 30% do total – aderiram à greve, e que e os demais seguem trabalhando.

Manifestação de alunos

Na manhã desta quinta-feira (22) alunos da Escola Olavo Tostes fizeram um protesto na porta da instituição, segundo a direção, contra a adesão parcial, reivindicando que os professores parem totalmente ou que todos deem aula.

Já na E.E. Maria Antonio Muglia (Napoleão), apenas uma professora não está trabalhando e segundo a escola, a situação foi contornada e as aulas não foram prejudicadas.

O movimento estadual

Horas antes da assembleia desta quinta (22), em Belo Horizonte, que culminou na manutenção da greve, foi realizado, também na ALMG, o Conselho Geral Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), durante o qual “foi detalhada a proposta apresentada pelo Ministério Público Estadual, na segunda reunião de mediação”, ocorrida na quarta-feira (21).

Conforme o Sind-UTE/MG, os principais eixos do movimento são: o pagamento do Piso Salarial conforme Acordo assinado entre o Sindicato e o governo do Estado, fim do parcelamento dos salários e do 13º, pelo cumprimento dos acordos assinados e atendimento de qualidade pelo Ipsemg.

A categoria definiu o calendário das próximas ações, incluindo nova Assembleia Estadual no dia 4 de abril.

Confira

23/03 a 03/04 – atividades de fortalecimento da greve; atividades com comunidade escolar e estudantes; articulação dos comandos estaduais de greve. Buscar a unificação de lutas com outros setores do funcionalismo público estadual.

27 e 28/03 – atos regionais (organizados pelas subsedes e comandos locais de greve).

28/03 – participar do Dia Nacional em memória da Marielle Franco.

04/04 – Assembleia Estadual.

 

Texto: Rádio Muriaé – reprodução na íntegra ou parcial permitida somente mediante crédito.

 

Fonte : Radio Muriaé

Postado originalmente por: Rádio Muriaé

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