Três pesquisas registradas no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, TRE, não tiveram seus números sobre as intenções de votos nas eleições de Divinópolis divulgados pelos seus respectivos contratantes. Essas abordagens da população devem, obrigatoriamente, ser registradas na Justiça Eleitoral.
O resultado destas pesquisas deveria ter sido divulgado até esta quinta-feira, mas, sem justificativa, os contratantes dos institutos de opinião decidiram por não levar a público os números.
Especialistas políticos consideram que por não ter alcançado os resultados esperados pelos contratantes eles decidiram não detalhar o resultado. Além disso, consideram pesquisas eleitorais um desserviço ao cidadão, por coagir o eleitor a votar em candidatos que supostamente estariam à frente na corrida eleitoral.
Uma dessas pesquisas foi realizada por um instituto de Alfenas, no sul de Minas. O fato causa estranheza, já que é desconhecida a razão do interesse do município do sul de Minas por uma eleição municipal em Divinópolis.
Outro fator preocupante nessa reta final de eleição se refere ao chamado “voto útil”. Configura o voto útil quando o eleitor deixa de apostar no candidato que realmente gostaria de ver eleito para escolher aquele que tenha mais chances de derrotar nas urnas o postulante que não tenha qualquer tipo de afinidade com ele, eleitor.
Nesse tipo de voto deve ser levado em conta que o eleitor, ao abandonar seu candidato preferido, vai falsear o resultado final das eleições, além de ajudar a enfraquecer o seu candidato, reduzindo drasticamente a representatividade de sua preferência.
Especialistas políticos, no entanto, recomendam que os eleitores votem no candidato de sua preferência, pois, muitas vezes, ele ainda tem condições de ser eleito. É preciso ver as pesquisas com cautela e verificar todas as tendências, não se deixando influenciar por falsos números e escolher o candidato que o eleitor acredita estar melhor preparado para representá-lo pelos próximos quatro anos.
O próprio TSE ressalta que o voto é livre, o eleitor não deve ser coagido por pesquisas e no dia da eleição deve votar naquele candidato que realmente acredita ser o melhor para representá-lo.
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