Reflexão: Em tempos de pandemia…


Alguns dos inúmeros fatos comoventes viralizaram na internet mostrando a sensibilidade de pessoas que saíram de suas atividades normais, interrompendo o isolamento social, para ajudar os irmãos(ãs) necessitados aliviando o sofrimento e oferecendo o auxílio na ‘hora certa’.

1. Na Bahia, na cidade de Feira de Santana, o garoto de 10 anos, Luan Menezes Carneiro, tomou a iniciativa de ajudar os doentes rezando na frente de hospitais.

Luan é muito católico e queria ajudar os infectados pelo covid-19. Resolveu ajudar no combate ao coronavírus da maneira que podia: rezando pelos pacientes na frente dos hospitais. Luan pediu para a mãe, Gilsara Menezes Carneiro, que o levasse perto dos doentes para que ele pudesse orar e abençoar a todos. Ele teve a ideia depois de ver um vídeo no Instagram de uma das suas professoras rezando pelos infectados.

Assim, mãe e filho foram até os hospitais da região, de máscara e com uma cruz de madeira nas mãos. “Ele desceu do carro, fez uns dois minutos de oração com a máscara, voltou novamente para o automóvel e passou álcool em gel”.

Emocionado, expressou: “Da mesma forma que devemos nos alimentar com comidas saudáveis, devemos nos nutrir das palavras de Deus, independentemente de religião”, falou o garoto.
Fonte: UOL, Maria Laura Saraiva, 20 de julho de 2020

2. O professor Arthur Cabral, em Camaragibe, no Grande Recife, descobriu que um grupo de 20 alunos da Escola Estadual Deputado Oscar Carneiro, não tinha como acompanhar atividades. Então professor se dispôs a levar para eles a assistência e foi ao seu encontro. Toda sexta-feira pedala mais de sete quilômetros para levar atividades aos alunos em dificuldade de acesso à internet Mestre em biologia, ele trabalha há três anos na Escola Estadual Deputado Oscar Carneiro, e disse: “A educação tem que chegar em todo mundo. Quando terminei a graduação, sempre achei que eu estava aqui para ajudar meus alunos. Se 20, 10 ou mesmo um não tiver acesso ao ensino, não vou estar ajudando.”

Na Escola Estadual Deputado Oscar Carneiro, Arthur dá aula a seis turmas do ensino fundamental, sendo três do sexto ano e outras três do sétimo. Os 20 estudantes que recebem a visita semanal do professor moram nos bairros de Vila da Fábrica, onde fica a instituição de ensino, Tabatinga e Aldeia de Baixo. As entregas de material didático são feitas sempre de bicicleta, pois alguns deles moram em locais de difícil acesso.

Quando chega na casa deles, sempre dá uma conferida nas atividades anteriores e deixe novas. Vários pais disseram que os filhos se alegraram em poder voltar a estudar, porque muitos deles não têm acesso à internet, ou têm, mas não têm celular compatível ou precisam dividir o aparelho com mais cinco irmãos, por exemplo.

Por semana, Arthur gasta, em média, R$ 100 para imprimir as atividades levadas aos estudantes. No começo, o valor era tirado inteiramente do próprio bolso, mas, com o tempo, uma rede de solidariedade se formou para garantir a educação de quem mais precisava.

3. Em outra comunidade, na Zona Sul do Recife, moradores e estudantes se mobilizam para levar informação segura sobre a Covid-19 usando bicicletas de som, que rodam pelas ruas e becos. Com apoio do Projeto Mãos Solidárias e de universitários, voluntários também usam WhatsApp para alertar para os perigos da doença.

Atualmente, a iniciativa conta com 20 bicicletas de som. A cada dia, o número de pessoas aumenta. Quando não é possível chegar pedalando, a saída é apelar para grupos de mensagens por meio de celular. Assim as informações são levadas de uma maneira simples. Com linguagem acessível, a mensagem da ciência fica direta e permite que mais pessoas possam compartilhar e se prevenir.

Essas mensagens são gravadas por estudantes de jornalismo e geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O objetivo é mostrar para a comunidade a necessidade de evitar informações nem sempre confiáveis.
Mãe de três filhos, Ivaldeane Santos de Melo pedala duas vezes por semana para participar da luta contra a Covid-19. Dona de casa e voluntária, ela dá a receita.

“Uma andorinha só não faz verão. A gente tem que estar de mãos dadas pra juntos vencer. Se Deus quiser, a gente vai vencer”, declara.

Fonte: Por Beatriz Castro, TV Globo, 25/07/2020 / Fonte: Pedro Alves, G1 PE

Postado originalmente por: Tribuna do Leste – Manhuaçu

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