Reunião promove mobilização de combate à dengue, chicungunya e zika em Manhumirim

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Manhumirim realizou uma reunião de mobilização e envolvimento da sociedade civil organizada em diversos segmentos nas ações preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti. A intenção é que representantes de entidades possam abraçar a campanha digital lançada pela SES-MG com a temática “quando você culpa o vizinho, o mosquito ganha terreno”.

O material será distribuído para instituições, igrejas, Rotary Club, Lions Club, associações comerciais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar entre outros. São 04 posts e um vídeo que alertam sobre a importância do cuidado com água parada em quintais.

O diretor regional de saúde de Manhumirim, Juliano Estanislau salientou que é importante frisar que o combate ao mosquito Aedes aegypti deve ser de todos. “Estamos com alguns municípios com índices consideráveis de infestação pelo agente transmissor e por isso tomamos essa iniciativa de envolver entidades ativas para que contribuam com o poder pública na mobilização popular, adotando medidas como manter os quintais limpos, sem lixo e sem locais de água parada, que são os principais pontos de criação do mosquito transmissor das doenças dengue, zika, chicungunya e febre amarela”, afirmou.

Em 2019, até 18/12, Minas Gerais registrou 483.733 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue e 171 óbitos em 50 municípios. Em relação à chikungunya, Minas registrou 2.805 casos prováveis. Até o momento, foi confirmado um óbito por chikungunya no município de Patos de Minas e existe um óbito em investigação. Já em relação à zika, foram registrados 725 casos prováveis da doença até a data de atualização do boletim. O estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes.

O coordenador do núcleo de epidemiologia, Ernesto Grillo, aproveitou a oportunidade e apresentou os índices de infestação de todos os municípios da área de abrangência da Regional. “É uma batalha contra um único inimigo que transmite quatro doenças. Estamos aqui hoje para realmente sensibilizar as pessoas. As condições climáticas estão favoráveis à reprodução e desenvolvimento de focos do mosquito Aedes aegypti. É preciso que a população fique atenta às medidas preventivas e destacamos que a responsabilidade de acabar com os criadouros e focos do transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela é de todos nós”, destacou o coordenador.

O médico infectologista do Hospital César leite, Tiago Heringer, foi convidado para falar aos presentes sobre as dificuldades de assistência nos períodos de epidemias e, também, sobre as complicações provocadas pelas arboviroses. Ele frisou que a dengue é causada por quatro tipos de vírus diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4 e que os sintomas mais comuns são febre, associada a dor de cabeça, dores musculares, dor atrás dos olhos, dor nas juntas, sensação de cansaço e manchas avermelhadas espalhadas pela pele.

“Não existe tratamento especifico para a doença. De maneira geral, é prescrito ao paciente a hidratação rigorosa e controle a cada uma das possíveis complicações”, explicou o médico. Em relação às demais doenças transmitidas o médico destacou as complicações e gravidade nos quadros provocados por infecções pelos agentes etiológicos da chikungunya, zika e febre amarela.

Outras ações já foram executadas ao longo do ano, entre elas a realização do Seminário Estadual sobre Arboviroses, que contou com a participação de aproximadamente 220 representantes dos municípios sedes de microrregião de saúde, unidades regionais de saúde, laboratórios macrorregionais, todas as áreas do nível central da SES-MG e especialistas nacionais sobre a temática. Foi realizado, ainda, envio de equipes de Força Tarefa para atuação em municípios que apresentaram alta e muito alta incidência de casos notificados para as arboviroses e liberação de 50 veículos para aplicação de UBV.

Danilo Alves/Com informações da SES-MG

Postado originalmente por: Tribuna do Leste – Manhuaçu

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