Seminário sobre álcool e drogas é promovido em Manhuaçu


Em Manhuaçu, o Conselho Municipal Antidrogas de Manhuaçu (COMAD) promoveu o 3º Seminário de Políticas sobre Álcool e Drogas no qual o tabagismo também esteve em pauta. O evento ocorreu no anfiteatro da Câmara de Vereadores, com palestra evidenciando o tema ‘Álcool e drogas: caminhos para a prevenção’.

Segundo a presidente do COMAD, Luciane Dutra de Melo, a entidade tem o objetivo de propor um ensino para a prevenção de drogas e o seminário buscou mostrar caminhos para a prevenção e redução de danos, bem como elucidar as redes de serviços ofertadas em Manhuaçu. “Temos várias pessoas que trabalham nessa rede, como o Alcoólicos Anônimos (AA), o CAPS ad, a Comunidade Terapêutica, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) a Fumaph, o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), entre outras instituições que fazem parte da rede de serviço assistencial em Manhuaçu”, disse.

Para Luciane Dutra de Melo, a discussão desta temática é de grande importância para o município. “Estamos à frente desta instituição com o objetivo de desafiar a sociedade, governo e população, para juntos desenvolvermos um tratamento em rede, através de prevenção e recuperação de indivíduos que sofrem com o uso e abuso de drogas ilícitas e lícitas, como o cigarro”, disse.

O palestrante do evento, psicólogo e teólogo, Sérgio Oliveira, dissertou sobre a suposta “glamourização” do cigarro através de propagandas ou em anúncios publicitários e como a sua influência pode incidir diretamente no adolescente em virtude de uma aceitação social. “Em pleno anos 2000 algumas pessoas ainda acham bonito o hábito de fumar. Muitos adolescentes estão em uma fase da criação da sua identidade e aceitação social e o cigarro, juntamente com o álcool, seve para as pessoas se soltarem e ser incluso em determinado meio social”, analisa.

Sérgio Oliveira acrescenta que mesmo em uma época de declínio das taxas de uso do cigarro pelos adolescentes, os filhos de fumantes atuais (e mesmo de ex-fumantes) são mais propensos a fumar. A influência do irmão mais velho neste processo também é relevante, segundo o psicólogo. “Ao adotar o comportamento de fumar a família conduz o jovem ao uso da substância. Portanto, o vício segue essa vertente do aprendizado social, ou seja, não é somente a sociedade em geral que pode influenciar o jovem a conduzir o hábito tabagista, mas a família também pode agir como um fator desencadeante para a dependência química do jovem – tanto para o álcool como para o tabagismo”.

Danilo Alves

Postado originalmente por: Tribuna do Leste – Manhuaçu

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