Solidariedade: criança de 04 anos luta contra doença ainda não diagnosticada

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Um verdadeiro guerreiro, assim podemos definir o pequeno Artur Ferreira Coelho, de apenas 04 anos. Há aproximadamente cinco meses ele luta contra uma doença que até o momento não foi diagnosticada. Mesmo tendo realizado vários exames, alguns fora do país, até agora os médicos buscam saber o que provocou seu problema de saúde. Com a doença, Artur perdeu os movimentos do corpo e respira através de traqueostomia e se alimenta por gastrostomia – procedimento no qual um tubo é colocado no estômago para dar suporte nutricional.

Filho de Francisco Alexandre Sampaio Coelho e Ana Paula Maria Ferreira Sampaio Coelho, Artur apresentou os primeiros sinais de enfermidade no começo do mês de março, como recorda a mãe. “O Artur passou mal no dia 14 de março em Manhuaçu e devido ao agravamento de seu quadro ele foi transferido para o Hospital em Juiz de Fora no dia 16 de março, onde permanecemos com ele até o momento. Ele ficou 81 dias na UTI tendo crises convulsivas, não conseguíamos contar a quantidade pois eram muitas crises e não conseguiram fechar um diagnóstico do caso dele. Foram feitos vários exames, alguns fora do país, e a gente até hoje não tem um diagnóstico fechado. O Artur perdeu todos os movimentos do corpo e foi preciso fazer uma traqueostomia nele para respirar e uma gastrostomia para ele se alimentar”, explica.

Todo esse esforço tem sido positivo graças a força de vontade e colaboração do pequeno Artur. Em vídeos postados pela família, em sua página no Instragram (artur_coelho4), ele tem demonstrado que a recuperação começa a surgir. “Com a fisioterapia aqui no Hospital em Juiz de Fora ele está voltando a ter os movimentos do pescoço, tronco, e graças a Deus as crises convulsivas estão controladas há mais ou menos quarenta dias”, acrescenta Ana Paula Maria Ferreira.

Ana Paula, Francisco e Artur – antes da doença

Entretanto, a condição da criança ainda necessita de atenção, pois um diagnóstico ainda não foi fechado sobre o caso e a neuropediatria do Hospital de Juiz de Fora informou que existem exames genéticos que podem ser feitos, mas são de alto custo e não ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a mãe de Artur, além dos exames o garoto precisará de um acompanhamento multidisciplinar com neuropediatra, pediatra, cardiologista, nutricionista, pneumologista, nefrologista e também reabilitação com fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional. Ana Paula Maria Ferreira acrescenta que o garoto faz usos de uma dieta cetogênica – muitas vezes referida como “low carb” ou “low carb high fat” (LCHF), que significa “baixos níveis de carboidrato e altos níveis de gordura”, responsável pela redução das crises epilépticas. E reforça que a família vem recebendo apoio da Secretaria de Saúde de Manhuaçu.

Todos pelo Artur!
Em meio a tanta intolerância, ainda há quem se preocupe com o seu semelhante, dedicando-se a uma vida de altruísmo. E alguns eventos já foram realizados na região visando angariar fundos para o tratamento de Artur, como os realizados neste domingo 04, no qual ocorreram uma trilha beneficente em Manhuaçu e um encontro de Motociclistas em São Sebastião do Grota. Posteriormente, no próximo sábado, 10, em Matipozinho – zona rural de Sericita será realizado o arraiá do Artur. “Essas campanhas partiram de parentes e amigos no intuito de ajudar no tratamento e reabilitação do Artur”, comenta Ana Paula Maria Ferreira.
A mãe de Artur reitera que os interessados em conhecer a história da criança – que saiu de uma vida plena e saudável, em virtude de uma doença ainda desconhecida pelos profissionais da medicina, podem acompanhar através da rede social Instagram por meio do endereço artur_coelho4, que contém a história de vida do pequeno, além de links para doações e contas bancarias para depósitos que poderão fazer a diferença para a vida de Artur. “Quem puder nos ajudar ou mesmo compartilhar e divulgar a página terá nossa gratidão eterna. Vamos continuar contando as evoluções do Artur e todo o acompanhamento médico pelo qual está passando”, finaliza.