Com objetivo de traçar ações preventivas para deslocamentos de recursos operacionais no período de carnaval e também em relação as chuvas, foi realizada, na tarde desta quinta-feira (13), uma reunião que contou com representes do Corpo do Bombeiros, Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste Juiz de Fora (Samu), Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Associação dos Municípios da Micro Região do Vale Paraibuna (AMPAR) e as policiais rodoviárias militar e federal. O encontro, realizado na sede do Cisdeste, no Bairro São Dimas, Zona Norte, levou em consideração a grave situação em que se encontram vários municípios mineiros de dificuldade de acesso e alagamentos e, por essa razão, optaram pela não realização de eventos carnavalescos em 2020.
De acordo com o chefe da Divisão Operacional do 3º Comando do Corpo de Bombeiros, major Patrick Tavares Gomes, junto com o Cisdeste foi realizado um estudo na região a fim de verificar quais os municípios onde não haverá eventos de carnaval, levando em consideração as chuvas e as dificuldades de tráfego em determinados locais. “Nossa atuação será preventiva nessas regiões, inclusive, no caso de Corpo de Bombeiros e Cisdeste terem que deslocar recursos operacionais para municípios que irão promover suas festividades”, ressaltou o militar. Serão implantados pontos estratégicos nos municípios de Tombos, Chácara, Piraúba, Mar de Espanha, Coronel Pacheco e Rio Novo, além das cidades onde existem bases descentralizadas do Samu e do Corpo de Bombeiros.
Conforme apontou major Patrick, a preocupação é em relação aos municípios que cancelaram suas festividades devido aos estragos provocados pelas chuvas de janeiro, o que irá causar o deslocamento das pessoas para outras cidades, aumentando o tráfego nas estradas. “Nossas ações serão reforçadas preventivamente nas rodovias com a realização de blitz educativa por parte dos bombeiros e do Cisdeste.” Ainda segundo o militar, com apoio das polícias rodoviárias e do DER também haverá a realização de blitz nos acessos de entrada e saída dos municípios onde há sedes dos bombeiros.
“A iniciativa irá servir para orientar sobre a dificuldade de tráfego na região, sobre questões de alagamentos e dificuldade de acessos aos locais”, afirmou o major, acrescentando que o desafio maior tem a ver com a questão de tempo de reposta oferecido pelos órgãos. “As consequências das chuvas dificultam os deslocamentos. Além disso, há os riscos que os bombeiros correm no deslocamento para determinadas regiões. Um exemplo ocorreu na madrugada desta quinta (13), quando uma viatura dos bombeiros, na região de Barbacena, caiu de uma ponte. Isso, inclusive, serve de alerta para população.”
Efetivo
De acordo com o chefe da Divisão Operacional do 3º Comando do Corpo de Bombeiros, major Patrick Tavares Gomes, o efetivo está sendo pensado para as ocorrências relacionadas ao carnaval, mas também nas consequências das chuvas. “Tanto o efetivo de pessoal quanto o de recursos operacionais, como viaturas, estarão voltados para atender de forma eficiente a esses municípios. Atualmente, na nossa região, o que temos de recurso dá para suprir nossas demandas, lembrando que o Corpo de Bombeiros, havendo necessidade, tem condições de deslocar equipes de qualquer parte do estado para atendimento”, afirmou. Ele também enfatiza que a população pode fazer a sua parte, seguindo as orientações de prevenção.
“É preciso sempre ter atenção, observar as condições das vias e não ultrapassar os limites de velocidade. Ao saber se aquela via apresenta situações adversas, como buracos por exemplo, os motoristas não devem se aventurar. O uso de bebida alcoólica também será observado. Então, a blitz será educativa e reativa a esse tipo de situação”, alerta o militar, que ainda lembra que é necessário sempre ficar atento aos alertas meteorológicos. “Eles estão sendo bem efetivos em Minas Gerais e, tendo a previsão de uma chuva torrencial em determinadas regiões e municípios, as pessoas devem evitar esses deslocamentos para que não se depare, por exemplo, com a situação de uma parte da via ter sido levada pelas águas”.
Segundo o major, atualmente, em todo o estado, há seis mil bombeiros militares e, na região da Zona da Mata, cerca de 500. O diretor técnico do Cisdeste, Fernando Dutra Macedo, pontuou que essa integração entre os órgãos é importante e faz parte de um planejamento estratégico com o objetivo de prevenir e prestar uma melhor assistência tanto da parte logística quanto da parte de referenciamento de hospitais. “O objetivo maior é minimizar os impactos das chuvas. O efetivo do Samu tem todas as suas equipes montadas e estruturadas e temos cerca de 40 viaturas, sendo oito ambulâncias com médico, enfermeiro e condutor socorrista; e outras 32 com condutor socorristas e um técnico em enfermagem.”
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
