Ambulantes voltam a ocupar ruas na região central em Juiz de Fora

Apesar das ações realizadas pela Prefeitura, com objetivo de inibir a prática do comércio irregular, foi possível perceber a exposição de mercadorias e bancas improvisadas no Centro nesta segunda.

Quem caminhou pela Avenida Getúlio Vargas e pelas ruas Halfeld e Marechal Deodoro, na região central, na manhã desta segunda-feira (29), percebeu a presença de ambulantes nas vias, apesar das ações realizadas pela Prefeitura, na semana passada, com o objetivo de inibir a prática do comércio irregular na área. Por meio de tecidos estendidos no chão para a exposição de mercadorias e bancas improvisadas, era possível encontrar vendedores de roupas, meias, panos de prato, utilidades para cozinha e óculos. A volta deles aos pontos foi percebida dois dias depois de a Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) concluir a operação “A cidade é de todos”, que contou com reforço de fiscais de posturas nas ruas do Centro, a fim de garantir a desobstrução das passagens e possibilitando acessibilidade, mobilidade e segurança aos pedestres.

Para o presidente da Associação de Apoio aos Vendedores, Ambulantes e Camelôs de Juiz de Fora – entidade que representa os ambulantes cadastrados na Prefeitura, Cláudio Menezes, o trabalho realizado pela fiscalização é positivo. “Por muito tempo, as ruas ficaram desordenadas, com as calçadas ocupadas, com uma aglomeração muito grande de pessoas irregulares trabalhando. Então, essas ações que a Prefeitura vem desenvolvendo são necessárias para resguardar a via pública e ter uma organização do espaço”, ressalta Menezes.

Todavia, ele lembra que a situação econômica do Brasil é grave, o que tem levado muitas pessoas a buscarem uma fonte de renda no comércio irregular. “Eu conheço pessoas que trabalham sem regularização há mais de 20 anos, tem muito pai de família trabalhando nas calçadas. Então, considero que a Prefeitura precisa estudar a situação desses ambulantes, analisando os casos, e abrir uma licitação para normatizar o trabalho dessas pessoas dentro dos critérios do Poder Público”, enfatiza o presidente da associação. “Sabemos que há pessoas erradas, mas tem muitos pais criando seus filhos. É preciso olhar para eles, pois muitos perderam seus empregos. Porém, é claro que necessita-se de uma organização, para que isso aqui não vire uma desordem, e todos tenham condições de trabalhar com tranquilidade.”

Pedestres ouvidos pela Tribuna na semana passada, quando teve início a operação “A cidade é de todos”, também relataram dificuldades ocasionadas pela grande concentração de comércio ambulante nas ruas. Na Avenida Getúlio Vargas, por exemplo, o alto fluxo de pessoas transitando na via ou mesmo paradas em pontos de ônibus divide o espaço com os ambulantes. Já os vendedores procurados pelo jornal contaram sobre dificuldades para obter licença e sobre a necessidade de ocupar as ruas em busca de renda, como forma de driblar o desemprego.

Trabalho rotineiro

Sobre a volta dos vendedores para as ruas, a Semaur informou que, por meio do Departamento de Fiscalização Ambiental e Urbana (DFAU), está percorrendo os pontos onde há provável retorno de ambulantes irregulares e retomando as orientações já fornecidas durante a operação. Segundo a pasta, o procedimento está sendo feito dentro do trabalho rotineiro da fiscalização. A secretaria ainda ressaltou que a importância da denúncia por parte das pessoas que verificarem irregularidades. O contato com a Prefeitura pode ser feito por meio do aplicativo Colab ou ligando para a Supervisão de Fiscalização Regional Centro, pelo telefone 3690-7709. A Semaur também informou que outras etapas da operação “A cidade é de todos” estão programas para este mês de agosto. Acerca das ações da semana passada, a pasta considerou que o trabalho foi positivo, sobretudo no que diz respeito à liberação dos espaços públicos ocupados irregularmente.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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