Apesar de reunião no MPT, situação dos trabalhadores da Gil não evolui

Mesmo após reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) nessa quarta-feira (4), a situação dos funcionários da Goretti Irmãos Ltda. (Gil) não foi alterada. Desde a última sexta-feira (30), os trabalhadores cruzaram os braços em reação aos atrasos de salários e benefícios complementares. E para resolver a questão, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano (TCU) de Juiz de Fora (Sinttro-JF) defende a transferência das linhas e dos funcionários da Gil para as demais empresas do sistema de transporte público do município.

A indefinição na situação dos trabalhadores foi confirmada pelo Sinttro à reportagem. Segundo o sindicato, a reunião no MPT teve representantes de todas as empresas que compõem o TCU, além da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e os representantes sindicais. De acordo com o Sinttro, a Gil voltou a afirmar que não tem condições de quitar as pendências salariais dos funcionários, e tampouco há previsão de pagamento dos vencimentos relativos ao mês de outubro, que vencem na próxima semana.

“O sindicato está pedindo que as outras empresas assumam as linhas e os funcionários”, afirma, por meio de assessoria, o Sinttro. Informações de bastidores dão conta de uma reunião entre as empresas do transporte público juiz-forano nesta quinta-feira (5) para tratar sobre a possível transferência de linhas, ônibus e funcionários.

Em contato com a reportagem, no entanto, a assessoria da Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda (Ansal) negou que exista conversas para a integração de linhas da Gil. A Tribuna também tentou contato com as diretorias da Gil, Viação Tusmil e Viação São Francisco Ltda., mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

A Settra confirmou ter participado da reunião junto ao MPT, onde ouviu as demandas dos trabalhadores da Gil por meio do sindicato. Entretanto, ressaltou que nenhuma decisão foi tomada sobre o impasse. Sobre a eventual transferência de linhas, a pasta não se posicionou.

Audiência no TRT para discutir a situação da Gil

Certo é que na sexta-feira (6) haverá uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre Sinttro e Gil para tratar exclusivamente da greve dos trabalhadores. Caso não haja nova evolução nas conversas, o Sinttro confirma que a situação permanecerá a atual, com 50% das linhas da empresa em operação. Outra confirmação do sindicato é que as tratativas devem voltar ao âmbito do MPT em reunião agendada para a próxima quarta-feira (11).

Bloqueio de bens

Também veio a público, nesta semana, uma decisão judicial assinada pelo juiz Tarcísio Corrêa de Brito, do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Nela está determinada a identificação de bens da Gil para penhora e bloqueio com objetivo de sanar dívidas trabalhistas. A Tribuna apurou que a execução diz respeito a acordo descumprido ou atrasado, relativo a processos pontuais de funcionários da Gil. A decisão da Justiça, emitida no último dia 27 de outubro, determina prazo de 20 dias para o fornecimento de certidões imobiliárias visando a penhora.

 

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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