Aprenda a costurar sua máscara de tecido em casa

Artesã recebeu a orientação de um pneumologista para produzir os acessórios (Foto: Reprodução/Larissa Carvalho)

Em tempos de pandemia, as máscaras deixaram de ser um Equipamento de Proteção Individual (EPI) restrito a pacientes, para se tornar uma necessidade para quem precisa quebrar o isolamento social e sair de casa. Se, antes, o uso era escasso, hoje, nas ruas, é possível encontrar muitos juiz-foranos com o acessório, com várias estampas e modelos diferentes. Para ensinar a população a costurar seu próprio equipamento em casa, a Tribuna convidou a artesã Jussara Cota, que produziu um vídeo apresentando um dos possíveis modelos.
Para saber a melhor forma de produzir as máscaras, a artesã recebeu orientação de um pneumologista. “O ideal é usar tecido de algodão, por causa da gramatura do tecido, que ajuda na proteção contra as gotículas que expelimos. Além disso, o algodão aguenta a alta temperatura do ferro quente, que é o que esteriliza a máscara. O equipamento precisa ser feito com um tecido duplo, com uma abertura para colocar um filtro de papel. Esse filtro deve ser trocado a cada duas horas, porque ele umedece com a respiração”, explica. Segundo ela, em um momento de guerra tudo vale, até mesmo utilizar o tecido de uma blusa antiga, mas ter o material correto é a melhor proteção para as pessoas.

Jussara lembrou ainda que o material TNT, que é descartável, deve ser reservado à fabricação de Equipamentos de Proteção Individual para profissionais de saúde, como indicado pelo Ministério da Saúde. Além do fato de que, por ser um material descartável, sua utilização poderia aumentar a quantidade de lixo produzido pela população, afetando o meio ambiente. Assim, as máscara de tecido, que devem ser lavadas e passadas antes e após o uso, acaba sendo a melhor alternativa para o público em geral.

Costureiros voluntários

Jussara também colabora com o projeto Alinhando o Bem, que busca por costureiros voluntários em Juiz de Fora. Para aderir ao grupo, é necessário possuir máquina de costura e ter disponibilidade para a produção de máscaras. Os equipamentos são doados para população carente, através das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de asilos e comunidades. Outras são vendidas para garantir renda a costureiros que precisam de remuneração. Para se cadastrar, basta entrar em contato com a própria Jussara, através do celular (32) 99838-1214. A seleção de colaboradores é feita por meio de entrevista por telefone.

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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