Campanha contra endometriose será lançada nesta quinta em JF

O lançamento nacional da Campanha de Esclarecimentos sobre a Endometriose, organizada pelo Instituto Crispi, será lançada em Juiz de Fora pelo terceiro ano consecutivo. O evento acontecerá nesta quinta-feira (14), a partir das 8h30, no Centro de Treinamento de Cirurgias Minimamente Invasivas da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (Suprema), que foi inaugurado pelo instituto em 2015, voltado para o ensino e o compartilhamento de técnicas de cirurgia por laparoscopia e atendimento a pacientes com endometriose.

A campanha tem o objetivo de difundir informações sobre a doença, que age de forma silenciosa no organismo feminino e vem se tornando caso de saúde pública no país, especialmente em mulheres mais jovens. Serão realizadas palestras e haverá distribuição de folderes informativos. Equipes de saúde também prestarão orientação à população, e, durante o ano todo, mutirões de cirurgias serão realizados em várias cidades brasileiras, inclusive em Juiz de Fora.

Presidente do Instituto Crispi e Coordenador da Campanha, o médico ginecologista Claudio Crispi afirma que a doença ainda é pouco diagnosticada precocemente – geralmente tem sido detectada até dez anos após seu aparecimento, o que pode comprometer vários órgãos da mulher.
Uma das principais consequências da endometriose é a infertilidade. De acordo com dados do Instituto Crispi, cerca de 50% dos casos de infertilidade nas mulheres do mundo inteiro são causados pela doença, que atinge 15% da população feminina entre 15 e 45 anos. Os principais sintomas são dor pélvica e cólica menstrual intensa, sangramentos na urina ou nas fezes e dor forte durante o ato sexual.

Conheça a doença

O endométrio é um tecido que reveste internamente o útero e, quando estimulado pelos hormônios femininos, cresce mensalmente, preparando o útero para uma gravidez. De acordo com o Crispi, quando não ocorre a fecundação, o tecido é eliminado na forma de menstruação. Por alguns motivos, como o refluxo da menstruação pelas trompas, a diferenciação de tecidos embrionários adormecidos e a propagação pela corrente sanguínea, o endométrio pode se localizar em outros órgãos, como as trompas, os ovários, o peritônio – membrana que reveste o abdômen internamente -, a bexiga, os intestinos e o fundo da vagina.

Estes locais, que também são estimulados pelos hormônios femininos, também podem sofrer pequenos sangramentos, causando intensa reação inflamatória local, o que explica a dor de grande intensidade. Quando não diagnosticada, a doença progride, intensificando a reação inflamatória e a dor. Ela pode invadir a bexiga, causando sintomas urinários como cistites e sangue na urina, podendo ainda invadir o intestino e o reto, causando sintomas intestinais no período menstrual. Toda essa reação inflamatória acarreta, também, deformação dos órgãos do aparelho reprodutor, diminuindo a capacidade da mulher engravidar.

Portanto, é fundamental o diagnóstico precoce, não só para o alívio da dor, como para preservar a capacidade reprodutiva da mulher.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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