Caso Matheus Goldoni: julgamento chega ao quarto e último dia

Advogado de defesa encerra sua tréplica na retomada do julgamento (Foto: Olavo Prazeres)

A decisão do julgamento do caso Matheus Goldoni ficou para esta sexta-feira (23). Após cerca de 16 horas de júri somente na quinta (22), um dos jurados passou mal ao final da tréplica da defesa, e a retomada da sessão ficou marcada para esta manhã. Com a saúde do jurado restabelecida, os trabalhos do quarto dia de julgamento foram reiniciados pouco depois das 9h30, com o fim da tréplica da defesa dos réus, já que restavam 15 minutos para as considerações dos advogados quando da suspensão da sessão na madrugada, já por volta de 1h.

Em seguida, os jurados devem decidir o futuro dos quatro réus pronunciados por homicídio. Eles se reunirão em uma sala secreta e têm até duas horas para decidir o resultado. Depois, o juiz Paulo Tristão fará a leitura da sentença. Ao todo, o julgamento, que começou na terça, já ultrapassa 40 horas de duração.

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Brauley Batista da Silva, irmão de um dos réus, acredita que a quinta-feira foi de depoimentos “esclarecedores” e espera um desfecho “bom para as duas famílias”. Já a mãe de Matheus, Nívea Goldoni, espera “justiça”. “Acho que ficou  nítido para todo mundo o que aconteceu. Não precisamos chegar lá agora e chorar. Ninguém trouxe ninguém aqui. Os fatos trouxeram eles aqui. Eles se colocaram nesse colocação a partir do momento em que eles correram atrás do meu filho, e ele apareceu morto depois.”

Fila formada do lado de fora do Fórum Benjamin Colucci para ter acesso ao julgamento (Foto: Olavo Prazeres)

Um dos advogados de defesa, Fernando Sérgio de Oliveira, não lamentou a interrupção da sessão de quinta. “Você tem que preservar o bem-estar dos jurados. Acho que é uma tarefa árdua, a dinâmica do júri é um esforço muito mental para o conselho de sentença.” Sobre a expectativa para a sentença, o advogado disse não ter dúvidas sobre a absolvição dos acusados. “Houve um sensacionalismo por parte da Polícia Civil, com todo o respeito ao grande trabalho realizado por eles, mas houve um clamor público que passa a ser um quarto poder. A realidade é que o tempo, a Delegacia Regional, e pelo emocional familiar que foi exercido no processo, acabou que eles foram pronunciados e levados a júri popular. Mas a expectativa é que eles sejam absolvidos.”

O advogado de acusação, Wagner Valssis, fez coro com o colega em relação à suspensão da sessão da ontem. “O jurado tem que estar em perfeitas condições físicas para ter tranquilidade de analisar tudo o que foi trazido até ele enquanto juiz da causa.” Valssis reitera que “a decisão vem sempre dos jurados”. “Como assistente da acusação, acompanhando a Promotoria, entendo que as provas são muito claras. Nós entendemos, diante das provas que constam nos autos, que Matheus não morreu em virtude de acidente.”

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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