Centro de Valorização da Vida é confirmado em Juiz de Fora

Durante participação na Tribuna Livre da Câmara Municipal nesta terça-feira (17), o coordenador nacional de expansão do Centro de Valorização da Vida (CVV), João Régis da Silva, oficializou a instalação de uma unidade do CVV em Juiz de Fora. A entidade sem fins lucrativos terá uma sala em que receberá as ligações nacionais encaminhadas por meio do número 188. Além delas, os voluntários, que ainda devem passar por capacitação, também vão trabalhar para responder os e-mails e mensagens encaminhadas via site. Embora esteja previsto que o serviço comece a funcionar em uma sala alugada, foi aprovado o requerimento que solicitava um espaço físico cedido pelo Município, por unanimidade, pelos vereadores.

Em sua fala, João Régis frisou detalhes do serviço e de como ele é relevante na oferta de apoio emocional. “As pessoas, quando são ouvidas, sentem-se amparadas. O serviço do CVV é aprovado pelos psicólogos, porque oferece essa escuta sem julgamentos. Precisamos capacitar as pessoas para desenvolver esse serviço de escuta com respeito, sigilo e anonimato.” Segundo o coordenador nacional da entidade, as pessoas com ideação suicida dão sinais e nem sempre encontram ouvidos atentos. Há também um tratamento errôneo com as pistas dadas, de modo que o sofrimento, ou as queixas, são diminuídas. De janeiro a julho deste ano, o CVV recebeu mais de três milhões de ligações.

João Régis ressaltou que ainda há uma dificuldade em tocar no assunto, o que atrapalha as pessoas a chegarem a um tratamento. O tabu ainda leva, por exemplo, as famílias que perderam seus entes por suicídio a pedirem a mudança da causa da morte para acidente, porque, socialmente, essa classificação seria menos estigmatizada. “Lamentavelmente, ainda temos 32 suicídios por dia, o que chega a 11.520 casos por ano. Sabemos que pelo menos 90% das mortes por suicídio poderiam ser prevenidas. Então é importante oferecer a oportunidade de essas pessoas serem ouvidas.”

O representante do CVV ainda fez um apelo a quem quiser fazer parte do projeto como voluntário. A capacitação deve ser oferecida ainda no segundo semestre ou no primeiro do ano que vem. Ele explicou que os interessados precisam disponibilizar quatro horas semanais para o atendimento e precisam estar inteiramente comprometidos com os horários. Os voluntários não podem dar conselhos ou emitir opiniões.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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