Delegacia de Homicídios elucida dois assassinatos ocorridos em novembro

Delegado Rodrigo Rolli detalhou os dois crimes cometidos no Carlos Chagas e no Alto Santo Antônio (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Delegacia Especializada de Homicídios esclareceu dois assassinatos ocorridos em novembro em Juiz de Fora. As investigações já resultaram nas prisões de três homens e de uma mulher. Nesta quinta-feira (12), os quatro suspeitos foram conduzidos das unidades prisionais à 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha, onde prestaram depoimento.

Um dos casos solucionados é o homicídio de Bruno Henrique Sacilot da Silva, 20 anos. Ele foi morto a tiros quando trabalhava como motoboy, no dia 4 de novembro, no Bairro Carlos Chagas, Zona Norte. Ele foi alvejado na Rua Maria Menon Tedesco, pouco depois da meia-noite, quando chegava para entregar um lanche solicitado no mesmo endereço. Ainda com a maleta nas costas, o rapaz morreu com duas perfurações no pescoço e duas no rosto. Ele prestava serviço para uma lanchonete no Borboleta, Cidade Alta, mas a chamada para a emboscada havia sido feita por um número confidencial. A vítima já estaria sofrendo ameaças de morte, e o crime não teria relação direta com a profissão.

No dia 4 de dezembro, três pessoas suspeitas de participação no crime foram presas pela Polícia Militar em virtude de mandados de prisão temporária solicitados pela Delegacia Especializada de Homicídios e expedidos pela Justiça. Os detidos são dois rapazes de 19 anos e uma jovem de 18. Eles foram capturados no Bairro Borboleta, Cidade Alta, mesmo bairro onde moram.

Envolvidos serão indiciados

De acordo com o delegado Rodrigo Rolli, o jovem de 20 anos morto no Borboleta teria envolvimento com o tráfico no mesmo bairro. A circunstância fez com que ele se tornasse um rival dos executores na disputa por pontos de venda de drogas na região. A investigação concluiu que, na noite do crime, uma jovem, 18 ligou para a lanchonete onde Bruno trabalhava para realizar um pedido. De acordo com o investigador Anderson Salvador, os criminosos colocaram o endereço da execução como destino da entrega do lanche. “Os executores colocaram uma aviso no interfone da casa, local onde seria feito a entrega, informando que o interfone estava com defeito. Isso forçou a vítima a descer da moto e chamar os residentes naquele local. Isso feito, eles saíram detrás de um caminhão e executaram a vítima”, contou. Segundo o investigador, a residência colocada como destino da entrega não tem relação com o crime. A escolha do local, conforme a investigação, foi estratégica. O local possibilitaria na rota de fuga para o Bairro Borboleta.

Os três homens e a mulher serão indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e emboscada, além de associação criminosa. Segundo Rolli, os dois executores de 19 anos, e a mulher, 18 estão presos. Em coletiva de imprensa realizado nesta quinta, foi esclarecido que, apesar de a jovem estar grávida, ela não é a namorada de nenhum dos envolvidos no assassinato. O quarto participante, que emprestou o celular, está solto. Ele será investigado, mas permanece em liberdade, uma vez que colaborou com a investigação relatando toda a dinâmica do crime às autoridades.

Homicídio no Alto Santo Antônio

Já o segundo caso elucidado é o assassinato de Moisés Alves da Silva, 34 anos, morto na porta de casa na manhã do dia 15 de novembro, no alto Santo Antônio, região Sudeste. Ele foi baleado no rosto e no pescoço após ser chamado para ir à Rua Triunfo. As investigações levaram a dois suspeitos. Um deles, 30, está preso, e o outro, 21, ainda não foi localizado.

O assassinato também teria relação com o tráfico de drogas. Segundo concluiu a investigação, a vítima seria envolvida na prática de crimes patrimoniais, como furtos. De acordo com Rolli, os traficantes do bairro onde Moisés morava não aceitam esse tipo de criminalidade. O intuito é evitar atrair policiais para o local, mantendo a prática do tráfico.

Na ocasião do crime, a vítima foi atraída, por um dos envolvidos, para um bar da região. Ao abrir o portão de casa, fora surpreendido pelo executor e alvejado com cerca de sete tiros. “O homem que atraiu a vítima está preso. O executor se encontra foragido, mas vem sendo buscado pela delegacia de forma veemente. Temos provas contra esse autor em relação a outros três homicídios, então ele é investigado em quatro casos. Há pedidos de prisão em todos”, afirma o delegado.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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