Duas toneladas de maconha apreendidas serão levadas para a PF

Foi encaminhado nesta segunda-feira (3) para a Polícia Federal o carregamento de mais de duas toneladas de maconha apreendido BR-267, nas proximidades do Bairro Igrejinha, Zona Norte. O flagrante ocorreu na última sexta-feira (31 de maio), durante fiscalização de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que contou com o apoio da PM, que enviou um cão farejador e homens até o local. Os entorpecentes estavam escondidos em sacos de farelo. Esta é a segunda grande apreensão de drogas na cidade em um intervalo de 10 dias. A outra manobra foi da Polícia Civil, com a apreensão de três toneladas de maconha.

Para as polícias, os flagrantes podem apontar que a localização de Juiz de Fora faz do município um entreposto de drogas e armas. “É uma cidade onde tem confluência de rodovias importantes. Temos a BR-040, uma proximidade muito grande com a Rio-Bahia e a BR-267, fazendo ligação entre as duas. Juiz de Fora é realmente uma cidade onde possivelmente haja esta circulação de drogas, mesmo que não entre na cidade. As armas apreendidas pela Polícia Civil, por exemplo, não são vistas ou apreendidas aqui”, comentou o policial rodoviário federal Leonardo Facio.

Polícia Federal

Os entorpecentes foram enviados para a Polícia Federal por se tratar de uma suspeita de tráfico internacional de drogas, já que nas embalagens havia inscrições em espanhol e Guarani. Além disso, o caminhão que transportava os ilícitos veio de Foz do Iguaçu (PR), reforçando assim a suspeita de uma ligação com o Paraguai. As investigações vão apontar com precisão qual origem e destino do material.

Leonardo Facio disse que a carreta que transportava a droga foi abordada no km 122 da BR-267, em um ponto já de atenção da corporação. Ao ser abordado, o condutor teria demonstrado nervosismo, despertando suspeita dos patrulheiros. “Ele pediram que o motorista se deslocasse a Unidade Operacional da PRF, localizada no km 766 da BR-040. Ao chegar perto do Bairro Dias Tavares, Zona Norte, ele parou o caminhão e fugiu correndo. Como só estavam dois policiais, preferimos dar prioridade ao caminhão, já que havia suspeita de ter algo ilícito dentro”, comentou.

O veículo, uma Scania, com placas de Foz do Iguaçu (PR), estava atrelado a um semi-reboque do mesmo município. O conduto é residente em Foz do Iguaçu, tem 29 anos, e ainda não foi localizado.

Cão farejador foi fundamental para descoberta da droga

A Polícia Militar foi acionada e deslocou para o posto da PRF com a cadela Maia de Lieudegard. A princípio, a carga seria de farelo, porém, os policiais vasculharam alguns sacos e perceberam que havia algo sólido em meio a este material. O animal da raça Pastor Alemão farejou e localizou a maconha, que havia sido colocada apenas nos sacos que estavam na região do meio do veículo, uma tentativa de despistar os policiais em uma possível abordagem. A quantidade de maconha apreendida é de, aproximadamente, 2,2 toneladas.

O comandante da 4ª Companhia Independente de Policiamento Especializado, que coordena os grupos especiais da corporação, como o Choque, o Grupo Especializado e a Ronda Ostensivas com Cães (Rocca), tenente coronel Wallace Caetano, destacou a importância da utilização dos cães nas ações policiais. “Nossos cães começam a ser treinados quando estão entre quatro e sete meses de vida. Alguns são farejadores, como o caso da Maia, outros atuam em ações de capturas. Neste caso, Maia sinalizou no meio da carreta, os policiais fizeram a busca e foi encontrado o material”, disse.

Conforme o cabo George Augusto, da Rocca, Maia está em Juiz de Fora tem cerca de sete meses. Antes de ser utilizada nas ocorrências, a cadela passou por um treinamento em Belo Horizonte. Após os trabalhos na capital, os cães continuam a serem lapidados no canil de Juiz de Fora. Segundo ele, no caso dos farejadores, são usadas moléculas com cheiro idêntico aos das drogas, sem a contaminação de outros produtos. “Sempre falamos que o cão da Rocca é escolhido ante de nascer. Fazemos seleção genética, pega-se dois cães que tem as qualidades que a gente usaria para a atividade, faz seleção dos filhotes, manejo nos quatro primeiros meses de vida, e durante a vida toda dele faz o direcionamento do treinamento. Na verdade, o trabalho para eles é uma brincadeira, já que são compensados. O que fazemos é a assimilação do odor com a recompensa”, disse.

De acordo com o militar, no caso da localização na carreta, foi feita a localização chamada de passiva, aquela onde o cão se senta ou para em cima ou perto de onde está o entorpecente. “Ela parou e esperou a bolinha dela, que é a recompensa, a brincadeira”, finalizou.

Por Tribuna de Minas – Juiz de Fora

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar