Ex-marido de Claudia vai a júri popular por feminicídio e ocultação de cadáver

A Justiça decidiu que Jaime Tristão Alves, 41 anos, será levado a júri popular pelos crimes de feminicídio e ocultação do cadáver da ex-mulher, Claudia de Paiva Rezende Alves, 47. A decisão foi proferida após audiência preliminar sobre o caso, realizada na sexta-feira (13). O réu teve o pedido para aguardar o julgamento em liberdade negado. Ele está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) desde agosto. Ainda não há definição sobre a data em que Jaime será julgado.

Moradora do Bairro Nova Era, na Zona Norte, Claudia desapareceu no dia 6 de julho deste ano. O ex-marido foi quem realizou o boletim de ocorrência do desaparecimento, mas, segundo os policiais, teria caído em contradição. Após as suspeitas se recaírem sobre ele, o homem deixou a cidade, mas acabou preso pela Polícia Civil no dia 8 de agosto, em uma casa em Rochedo de Minas, município da Zona da Mata, situado a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora. Na ocasião, conforme a polícia, ele tentou fugir pelos fundos da residência e teve que ser contido e algemado.

Jaime nega que tenha qualquer envolvimento com os crimes. Quando foi preso, alegou ter fugido para Rochedo de Minas por estar com medo. O cerco contra Jaime ocorreu após a polícia conseguir mostrar, por meio de imagens de câmera de segurança, que Claudia teria entrado no carro dele, quando foi vista pela última vez na Rua Eraldo Guerra Peixe, em Nova Era.

Localização do corpo
Após mais de cinco meses de investigações, o paradeiro de Cláudia ainda era um mistério. No dia 10 de dezembro, a Polícia Civil localizou o corpo da mulher em uma mata às margens de uma estrada vicinal no Bairro Barreira do Triunfo, próximo à BR-040, na região Norte. Devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível identificar a causa da morte.

De acordo com as investigações, o GPS do celular de Jaime apontou a presença dele na região em que o corpo foi encontrado, na data do desaparecimento de Cláudia. A polícia aguarda o resultado do exame para saber se os vestígios de sangue encontrados no carro do réu e na jaqueta que ele estaria usando naquele dia eram da ex-mulher . O material foi encaminhado a Belo Horizonte para ser confrontado com o DNA de familiares da vítima.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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