Fecomércio nega envolvimento em fechamento do Sesc em JF

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG) negou que tenha envolvimento na decisão sobre o fechamento de sete unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) no estado, incluindo a unidade do Bairro Nova Califórnia em Juiz de Fora, o Sesc Pousada. O assunto foi tema de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última quarta-feira (4).

Na ocasião, foi feita denúncia de que o fechamento seria decorrente de uma retaliação política. O vereador José Roberto Cajaíba de Oliveira (PPS), de Teófilo Otoni, alegou que os municípios afetados estariam entre os que mais se manifestaram a favor de uma gestão ética na entidade, fazendo referência ao fato de a gestão anterior da Federação estar sob investigação por improbidade administrativa e desvios de recursos. Além de Juiz de Fora e Teófilo Otoni, as outras cidades afetadas foram Santos Dumont, Muriaé, Bom Despacho, Almenara e Janaúba.

Procurada pela Tribuna, a Fecomércio-MG esclareceu que “o Sesc é uma instituição de direito privado distinta da Fecomércio” e, portanto, “tem a presidência e a gestão do seu conselho regional exercidas pela própria administração nacional do Sesc e não pela presidência da Fecomércio-MG”. O texto diz, ainda, que a entidade está em pleno funcionamento. “Os seus atuais dirigentes em exercício foram eleitos de forma transparente e democrática, inclusive com a confirmação de legitimidade de todo o processo eleitoral emanada pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais.”
Sobre a investigação por improbidade administrativa e desvios de recursos, enfatizou que “a diretoria em atividade não faz parte de qualquer ação judicial envolvendo apurações de eventuais irregularidades na entidade. Já os dirigentes que o são se encontram afastados, cada qual providenciando suas respectivas e individuais defesas.”

CPI
Ao término da audiência, a deputada Sheila Oliveira (PSL) anunciou que agendaria uma reunião interna da Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack da ALMG, proponente do encontro, para tratar de providências, como a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apuraria denúncias de irregularidades e rombos na Fecomércio-MG.

À Tribuna, a Federação declarou que recebeu com “estranheza” o anúncio. “A Federação é uma entidade sindical privada sem qualquer vinculação ao Poder Público, de acordo com a Constituição Federal, com plena autonomia de administração, não se subordinando a nenhum órgão estadual e detendo proteção constitucional à interferência e intervenção do estado em sua organização.” Por fim, afirmou que “lamenta que a ALMG esteja sendo usada como massa de manobra em mais uma ação movida pelos sindicatos derrotados nas eleições da entidade”.

Sesc Pousada
Com 56 anos de história, o Sesc Pousada foi criado com a proposta de oferecer oportunidade de recreação aos trabalhadores do comércio e seus dependentes. Além do atendimento a este público prioritário, realizava atividades abertas a toda população. O encerramento deste trabalho ocorreu em 21 de julho deste ano. Presente na audiência, o diretor administrativo regional do Sesc, Grijalva Duarte Júnior, justificou o fechamento desta e das demais unidades como “readequação estrutural”.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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