Funcionários de creches municipais cobram reajuste de 12%

Um grupo de pedagogos e trabalhadores das creches parceiras do Município compareceu à Câmara para um protesto contra o reajuste de 4% oferecido pela Prefeitura para custeio das instituições. O pleito é de 12%. A reivindicação foi formalizada na tarde dessa quinta-feira (21). De acordo com a categoria, cerca de seis mil crianças foram afetadas pela paralisação das atividades no dia. O movimento aconteceu na véspera da data inicialmente prevista para assinatura do termo de colaboração para 2020. Não estão descartados novos atos.

O grupo foi recebido por vereadores, que ouviram as reivindicações, se dispuseram a fazer parte das negociações e abriram espaço na Tribuna Livre para que as lideranças pudessem falar sobre a situação. Ao mesmo tempo, durante a tarde, um grupo que representa a Associação de Creches da cidade se reuniu com a Secretaria de Fazenda. Os participantes confirmaram que a assinatura do termo foi adiada para o próximo dia 29.

Grupo de pedagogos e trabalhadores compareceu à Câmara para protestar contra a reajuste de 4% oferecida pela Prefeitura para custeio das instituições (Foto: Marise Baesso)

Os trabalhadores alegam que não há condições de as 23 instituições parceiras sobreviverem com a proposta atual. “As creches precisam realizar bingos, bazares e pedem doações para pagar as contas básicas, porque os valores dos repasses da PJF não são suficientes. Esses 4% não pagam nem o prejuízo que as creches terão com o aumento da passagem de ônibus. O reajuste não é representativo, porque não trata de um aumento real”, explica a advogada da associação, Denise Pacheco Saltarelli. Ela ainda ressalta que há muitas creches que estão alagadas, onde faltam estrutura, reforma e pintura. Diante disso, a sensibilização dos vereadores é considerada fundamental, para que eles possam incluir o pleito de 12% de reajuste na Lei Orçamentária a ser votada pelo Legislativo.

“Com o que a Prefeitura oferece não temos como continuar”, reforça a presidente da Associação de Creches, Joanita de Almeida. “Temos um prejuízo de 6% que foi negociado para o meio do ano e teria que ser pago retroativo até janeiro, com a alegação de que a PJF não tinha como pagar. Esse é o momento de votação do orçamento da Educação. Por isso, abrimos diálogo com os vereadores, para que eles intercedam junto à nós.”

A Comissão de Educação da Câmara se comprometeu a participar da negociação e buscar as respostas das secretarias de Fazenda e Educação para o caso. Em nota, a Secretaria de Fazenda afirmou que “foi proposto, na Lei

Orçamentária Anual (LOA), o reajuste de 4% em 2020, tendo como base o índice de inflação estimado para 2019. As creches estão com pagamento rigorosamente em dia, e o reajuste de 2019 já foi efetuado retroativo a janeiro.” A Tribuna questionou sobre o pagamento dos 6% que teriam sido acordados com os trabalhadores e também sobre a alteração do prazo para assinatura do termo de colaboração, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta da pasta.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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