Se você pudesse ajudar a salvar o mundo de uma pandemia, qual seria seu superpoder? Essa possibilidade se tornou real no jogo desenvolvido pela equipe da Jornada X, com a participação de juiz-foranos que compõem a X-Lab de Juiz de Fora. O game Operação Antivírus X, lançado há cerca de um mês e meio, já tem um total de 300 ligas e duas mil inscrições individuais. Todos os participantes são brasileiros, com idades entre 12 e 25 anos, que foram convocados para essa luta virtual contra a Covid-19.
Criado a partir de um desafio lançado pelo arquiteto e ativista social Edgard Gouveia Júnior, co-fundador da ONG LiveLab, o jogo foca na geração que acredita que pode mudar o mundo. Ao interagir com o game, os participantes buscam soluções para os impactos sociais e econômicos gerados pelo novo coronavírus. Há missões e desafios que são cumpridos fora da plataforma do site, seja on-line, por meio de pesquisas e da criação de conteúdos, ou off-line, com mobilizações sociais sem sair de casa. A ideia é que essa grande comunidade colabore para combater fakenews, buscar soluções para problemas econômicos e falta d’água, necessidades de pessoas que fazem parte do grupo de risco e daqueles que estão com a saúde emocional fragilizada, por exemplo.
“O game é focado na mobilização da nossa juventude, que é super capacitada e, muitas vezes, subutilizada. Por isso, criar espaços onde suas vozes possam ecoar, estimulando suas capacidades de liderança e autoconhecimento, é empoderador. Nesse momento, é necessário pensar coletivamente e de modo inovador para lidar com as adversidades que nos foram impostas, seja na economia, na educação, na assistência social e na saúde pública, entre outros. O Antivírus X foi a nossa forma de lidar com todas essas questões, nos colocando como peças para o que acredito ser cura e luz em meio à escuridão”, conta Lorena Gotelip, que compõe a equipe X-Lab de Juiz de Fora.
Colaboração em todos os sentidos
Para desenvolver os conteúdos, a equipe contou com a orientação de profissionais especializados em diferentes áreas, e o resultado ficou pronto em apenas cinco dias. As principais fontes de apoio são o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (FGVCenn) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) e a Imaginable Future. Com o tempo, a iniciativa ganhou também uma série de novos parceiros, que contribuem com a divulgação do jogo, a criação de conteúdo e o apoio na busca por novos voluntários.
“Colaboração é uma palavra-chave no jogo inteiro, inclusive nos bastidores da operacionalização. Atualmente são mais de cem profissionais que continuam contribuindo, entre programadores, designers, educadores, comunicadores, médicos, arquitetos, engenheiros e outros. Acreditamos que todo mundo tem um “superpoder” e pode contribuir para reduzir o impacto da Covid-19 em nossas comunidades”, completa Lorena.
O jogo pode ser acesso pelo endereço eletrônico jornadax.com.br/antivirusx
Laboratório social
Como uma organização sem fins lucrativos, a LiveLab é um laboratório de inovação social que desenvolve e aplica tecnologias e estratégias de jogos colaborativos para a transformação positiva. Segundo Lorena Gotelip, a ONG “tem o intuito de promover meios que despertem e libertem o espírito criativo e empreendedor de indivíduos e comunidades para que promovam iniciativas de transformação local e inspirem outros e outras realidades a replicarem esta prática, contribuindo, assim, para um impacto em escala”.
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
