Jovens são condenados por morte e ocultação de cadáver de advogado

Foram condenados por homicídio qualificado, furto e ocultação de cadáver os dois jovens de 22 e 23 anos autores do homicídio do advogado e policial militar reformado Carlos de Oliveira Barros, 75. O assassinato aconteceu no dia 2 de janeiro de 2018, na Zona Norte de Juiz de Fora, e teria sido motivado por dívida de R$ 300, referente a honorários. O corpo de Carlos nunca foi encontrado. Conforme a sentença, o réu mais novo, Yago de Jesus Lopes, vai cumprir pena de 28 anos de reclusão em regime fechado. Já o outro acusado, André Luiz da Silva Júnior, foi condenado a 31 anos e dez meses de reclusão também em regime fechado. A dupla já estava presa desde a época do crime, o juiz Paulo Tristão negou a eles o direito de recorrer da decisão em liberdade.

O julgamento do caso aconteceu na quinta-feira (19), teve início por volta das 9h , e se encerrou durante a noite, por volta das 21h. Testemunhas e os réus foram ouvidos, e a decisão foi dada pelo corpo de jurados. Conforme a sentença, a denúncia aponta que Yago fez contatos telefônicos com a vítima, por meio de uma mulher, pedindo que ele fosse até sua casa receber honorários advocatícios de R$ 300. No dia do crime, Barros foi até o Bairro Parque das Torres, Zona Norte, receber o valor, mas acabou caindo em uma emboscada.

Ao chegar na Estrada da Remonta, o advogado foi recebido pelo morador, que pediu para ele aguardar enquanto buscaria o dinheiro no interior da residência. Entretanto, o cliente já teria combinado com o outro envolvido, que estaria aguardando nas imediações para executar Carlos. Em seguida, a vítima teria sido abordada por trás pelo rapaz mais novo. Com auxílio do comparsa, o homem foi arrastado pela lateral da casa até os fundos do imóvel, onde há acesso para o Rio Paraibuna. A dupla teria agredido Carlos com golpes de pedra e tijolo, sendo filmado por celular de um adolescente.

O Ministério Público em sua denúncia narra que, em seguida, de posse de uma machadinha, Yago ainda desferiu golpes no pescoço da vítima, enquanto André o segurava pelos pés. O adolescente teria feito uma foto de Yago segurando a cabeça do idoso, mas a imagem foi apagada em seguida. O corpo do Barros foi jogado nas águas do Paraibuna. Seu celular e relógio foram pegos pelos autores, já as roupas sujas de sangue foram queimadas. A sentença aponta que duas irmãs de Iago, de 15 e 16 anos, viram o advogado ser arrastado e gritando por socorro, pedindo para não ser morto. Ambas teriam tido traumas psicológicos.

Para o Ministério Público, “os acusados agiram por motivo torpe, como retaliação às cobranças feitas pela vítima relativas a honorários advocatícios, empregaram meio cruel, dado seu inútil padecimento com golpes de pedra, tijolo e machadinha, impossibilitando sua defesa, pois foi atraída ao local e surpreendida pelo ataque repentino, enquanto encontrava-se sozinha, numa patente disparidade numérica e de forças, visto tratar-se de pessoa maior de 60 anos”. Barros era morador do Bairro Bom Pastor, na Zona Sul de Juiz de Fora, e o desaparecimento dele foi comunicado pela família à Polícia Militar. Foram feitas buscas no rio vários dias, mas o corpo nunca foi localizado.

 

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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