Julgamento de feminicídio entra no segundo dia

O julgamento do feminicídio de Cláudia de Paiva Rezende Alves, 47 anos, foi retomado às 8h desta quarta-feira (26) e segue na fase de debates, entre a Promotoria e a defesa do ex-marido da vítima, acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O júri havia começado na manhã de terça (25), mas os trabalhos não foram concluídos e acabaram suspensos mais de dez horas depois, sendo retomados nesta quarta, quando a decisão dos jurados deverá ser pronunciada em sentença pelo juiz Paulo Tristão.

Na terça, os jurados foram levados ao Nova Era, Zona Norte, bairro onde Cláudia ainda morava com o marido, apesar da separação, e foi vista pela última vez, antes de ficar cinco meses desaparecida. As investigações da Polícia Civil incluíram a verificação de câmeras de segurança e revelaram que a vítima havia entrado no carro do ex-companheiro antes de desaparecer. O conselho de sentença também esteve no terreno onde o cadáver foi localizado, na Barreira do Triunfo, mesma região. Ainda na terça, cerca de dez pessoas foram ouvidas no Tribunal do Júri, entre defesa e acusação.

Cláudia sumiu no dia 6 de julho de 2019, e o próprio ex-marido foi quem registrou o boletim de ocorrência do desaparecimento, caindo posteriormente em contradição, segundo os investigadores. Ele acabou preso pela Polícia Civil, em 8 de agosto daquele ano, em uma casa em Rochedo de Minas, município da Zona da Mata, situado a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora.

No dia 10 de dezembro, o corpo da mulher foi encontrado, com as mesmas roupas que ela usava quando desapareceu, em uma mata às margens de uma estrada vicinal na Barreira do Triunfo, próximo à BR-040. Devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível identificar a causa da morte. Após sua prisão, o réu negou o cometimento do crime.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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